DECLARAÇÕES DE JOÃO LOURENÇO NA INAUGURAÇÃO DO CENTRO DE CIÊNCIA DE LUANDA

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O Presidente da República, João Lourenço, prestou, quarta-feira, declarações à imprensa, após a inauguração do Centro de Ciência de Luanda.

ANGOP – Boa noite, Senhor Presidente. Depois deste grande investimento feito na difusão do conhecimento científico, que políticas e estratégias contam adoptar para garantir a manutenção quer do equipamento, quer das instalações?
 Presidente da República: Precisamos de assegurar verbas e de preparar pessoal capacitado para manter estas instalações a funcionar permanentemente. Concluir projectos é muito importante, mas, talvez, mais importante do que isso é garantir a sua continuidade com a qualidade que é requerida. O investimento que está aqui feito é grande. Portanto, não podemos descurar a necessidade da sua manutenção.
 TPA – No arranque desta obra, ela foi concebida para ser um museu. Mas, no seu percurso, foi transformada em Centro Tecnológico Interactivo. Pessoalmente, qual é o sonho que alimentou? O que é que espera que os jovens que vierem para aqui possam dar para o país, enquanto resultado deste investimento?
 Presidente da República: Os museus são mais estáticos, podemos assim dizer. A ligação entre o visitante e o museu é quase que exclusivamente pelo olhar, o ouvir a explicação, enquanto um centro de ciência é mais interactivo. O visitante, o utente do centro, tem a possibilidade de participar mais nos processos que ele vai encontrar. Por exemplo, na parte referente à produção de sabão, o aluno,  o estudante, o jovem, o cidadão que visitar o Centro, acabará por ser parte do processo de fabrico da pequena barra de sabão. Isto para citar apenas o caso do sabão. Mas, de uma forma geral, em todas as salas, o que encontramos dá a possibilidade de o visitante tocar, mexer, fazer coisas, montar coisas, para puxar  pela sua curiosidade, pela sua inteligência. Digamos que o Centro acaba por ser mais educativo, no sentido de começar logo a envolver a parte prática. O museu é mais teoria, explicação. No Centro, o utente acaba por começar a ter uma certa prática.
 RNA –  Senhor Presidente, depois da inauguração do Centro de Ciências de Luanda gostávamos de saber quais são as perspectivas para a abertura de outros centros no resto do país, conforme já foi anunciado anteriormente pelas Autoridades.
 Presidente da República: Era de esperar esta pergunta. Um centro desta envergadura não precisamos de espalhá-lo pelo país. Precisamos é de criar condições para que o maior número possível de cidadãos, sobretudo jovens, jovens no geral, mas, em particular, jovens alunos, estudantes, tenham a possibilidade de, uma ou outra vez, poderem passar aqui por este centro. A direcção do Centro vai interagir com diferentes instituições, não apenas instituições de educação e de ensino, no sentido de proporcionar essa possibilidade de o maior número possível de jovens, não importando onde vivem, possam ter essa oportunidade de passar por aqui.

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