UNITA MORIBUNDA NO UÍGE: MILITANTES ABANDONAM GALO NEGRO DE JONAS SAVIMBI

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Depois de Olavo Castigo abandonar as fileiras do galo negro na província do Uíge, Sungo Salamau Sam Sam João, de 40 anos de idade, desvinculou-se do maior partido na oposição alegando má gestão e a inoperância de actividades de massas, mobilização urbana, nepotismo na liderança do Comité Provincial da UNITA liderado por Félix Simão Lucas, diz a missiva que o Jornal Hora H teve acesso.

FRANCISCO MWANA ÚTA

Segundo a fonte do Hora H, Sungo João, já exerceu no “Galo Negro” no Uíge os seguintes cargos, Director Provincial para os Assuntos Académicos, Cultura e Sociedade Civil, Secretário Provincial para Educação e Ensino.

Segundo a fonte deste Jornal, até a data da sua saída da UNITA, exercia a função de Secretário Provincial para Educação e Ensino, e as más políticas de Félix Simão Lucas, agarrado no tacho a mais de doze anos, levou-lhe a reflectir muito e chegou a conclusão que já não vai poder continuar a militar no partido UNITA.

O político afirma na sua carta de renúncia como militante da UNITA e Membro do Executivo do Comité Provincial da UNITA, com cartão de militante nº 230942UE, que a Direcção Nacional da UNITA liderada por Adalberto da Costa Júnior presta mais atenção na região Sul do país que no norte de Angola.

Sungo João, demonstrou ainda a sua insatisfação que na qualidade de músico, nenhum dia foi remunerado em todas actividades em que cantou em nome do partido para animar as massas em vários pontos da província, mas os artistas vindo de Luanda levavam somas avultadas.

O documento enviado na Direcção do Partido de Félix Simão Lucas e que o Jornal Hora H teve acesso, o militante afirma anda que, durante 120 dias como presos na Comarca do Congo, gastava do seu salário para a compra de alimentação, água mineral, material higiénicos e o partido não apoiou em nada.

“A minha esposa usava do mesmo para o táxi de sobe e desce quando vinha acompanhar os alimentos e ir atrás do processo, quando saía da prisão a direcção do partido não se preocupou em ajudar ou mesmo dar-nos um apoio” disse o agora ex-militante.

Desde que saímos da cadeia, a Direcção local e nacional da UNITA, liderada por Adalberto da Costa Júnior e Félix Simão Lucas no Uíge, nunca se preocuparam em reunir com os presos político após saírem da prisão, sendo que ninguém foi preso em nome pessoal ou da sua família, mas sim em nome da UNITA.

Saí por não estar de acordo com as políticas aplicadas pela Direcção do partido no Uíge, como a tentativa de ofuscar a minha imagem política, regionalismo local, visão política perturbadora, privilégios para alguns, interesses individuais, invés do comum, formação de alas promovidas por altos dirigentes e não dar visão de engrandecimento político local, afirmou Sungo Salamau Sam Sam João.

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