A CRISE SEVERA QUE O PAÍS ATRAVESSA É RESULTADO DE OPÇÕES POLÍTICAS ERRADAS

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O presidente da UNITA defendeu esta quarta-feira, 08, em Luanda, que a crise severa que Angola atravessa não é resultado da falta de meios para desenvolver o País, nem de quadros capazes para essa tarefa, é, sim, uma consequência das “más opções políticas” do Governo do MPLA.

Na conferência sobre desafios económicos e o OGE para 2024, o líder do maior partido da oposição apontou como solução para tirar Angola da pobreza e da pobreza extrema a concretização das reformas políticas e económicas que todos reconhecem serem necessárias.

O País, disse ainda Adalberto Costa Júnior, vive “uma profunda crise económica que todos reconhecem, dentro e fora de Angola”, com grande parte da população a viver na pobreza e na pobreza extrema, sem que se veja capacidade no Governo para encontrar soluções.

“A diversificação da economia é uma miragem, porque o petróleo continua dominante apesar da engenharia estatística do Governo”, acusou o chefe do partido do “Galo Negro”, acrescentando que as referências negativas que sublinhou “contrastam com o facto de Angola ter tudo para sair da crise, para inverter a pobreza e a pobreza extrema em que vive a sua população e fazer o sorriso regressar ao rosto dos angolanos”.

Estas referências negativas contrastam com o facto de Angola ter tudo para sair da crise, para inverter esta pobreza e pobreza extrema, todo para fazer regressar o sorriso ao rosto dos angolanos,

“Angola tem tudo, tem terras aráveis, um rico subsolo cheio de minérios raros, muito petróleo e muito gás natural… e uma população reduzida face à dimensão do País”, o que é, apontou, um dado de grande relevo para não serem credíveis as justificações para a perpétua pobreza que grassa no País.

E defendeu que um dos problemas é que “não há ninguém para apontar o caminho, falta liderança”, num momento e que o OGE 2024 está a ser discutido, sendo já claro que os problemas serão muitos, porque com 60% deste dedicado ao pagamento da dívida, “isso pode conduzir o país para o desastre”.

E preconizou como solução a realização acelerada das necessárias reformas políticas e administrativas, que deverão ser matéria de análise nesta conferência que a UNITA denominou “Os desafios económicos de Angola e o Orçamento Geral do Estado”.

Adalberto Costa Júnior, que considera que “a diversificação da economia não saiu do papel”, diz que o OGE tem sido usado como expediente para o enriquecimento dos membros e amigos do Governo, afirmando que “a opacidade das rubricas é cada vez mais sofisticada”.

“É o próprio Tribunal de Contas que nos últimos tempor tem trazido ao de cima os desvios e os incumprimentos ao OGE”, afirmou.

Para ACJ, o assalto às contas públicas provocou o desemprego dos jovens e não se vislumbram melhorias.

“É necessário uma pílula para abrir as portas do nosso Kremlin à democracia”, declarou o líder da UNITA, que falou igualmente da necessidade de “afastar os ortodoxos, arrogantes, que têm conduzido o País à desgraça”.

É fundamental baixar os preços dos produtos da cesta básica e dos materiais de construção, diz o líder do principal partido da oposição, que considera que “não é possível o desenvolvimento económico com salários miseráveis ou empobrecendo o empresariado nacional”.

Abel Chivukuvuku quer vitória da FPU em 2027

O líder do projecto político Pra-Já Servir Angola, Abel Chivukuvuku, aproveitou a ocasião para traçar como objectivo da Frente Patriótica Unida (FPU), a coligação ad hoc que tem com a UNITA e com o BD, para alternar o poder nas eleições gerais de 2027.

“A situação económica e financeira de Angola é muito grave. Por isso, em 2027, a Frente Patriótica vai alternar o poder em Angola para trazer prosperidade ao povo angolano”, disse Abel Chivukuvuku, que falava na conferência organizada pelo “governo sombra” da UNITA.

Segundo o político, o regime do MPLA tem vindo a lançar uma campanha a nível internacional, alegando que a oposição em Angola não tem experiência governativa, o que não corresponde à verdade.

Abel Chivukuvuku prometeu que a FPU vai transformar as riquezas naturais do País para garantir o bem-estar da população.

O líder o Bloco Democrático (BD), Filomeno Viera Lopes, que falava nesta conferência no âmbito da FPU, disse que a economia angolana deve viver num bom ambiente político para poder alcançar níveis satisfatórios.

“Dificuldades económicas colocam Angola numa instabilidade política e social. O País vive uma profunda crise económica e social que todos conhecem”, acrescentou, destacando que Angola tem muitas pessoas que podem contribuir, mas as suas ideias não são consideradas pelo poder. 

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