DEPOIS DE SAQUEAR OS COFRES DO ESTADO: ABEL COSME PAGOU 10 MILHÕES A PGR PARA FICAR EM LIBERDADE

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Depois se ser acusado de ter saqueado os cofres do Estado angolano enquanto Presidente do Conselho de Administração de Transportes Colectivos Urbanos de Luanda (TCUL), Abel António Cosme, pagou dez milhões de Kwanzas para ficar em liberdade condicional e nunca mas foi ouvido pela Procuradoria-Geral da República e ninguém sabe o paradeiro do acusado de roubar os fundos do estado.

Ana Mendes

Segundo informações que o Jornal Hora H teve acesso, o antigo presidente do Conselho de Administração da empresa (TCUL), Abel António Cosme, extraditado de Portugal para Angola, no dia 21 de Outubro de 2021, encontra-se em liberdade.

As fontes avançaram, que Abel Cosme havia sido ouvido em Outubro do mês a cima citado durante dois dias na Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP) da Procuradoria-Geral da República (PGR), que determinou a sua libertação, após o pagamento de uma caução de dez milhões de kwanzas.

Na base da libertação do também antigo gestor da Unicargas está o facto de os crimes de que era acusado terem sido amnistiados. Entretanto, Abel Cosme ainda poderá ser acusado de peculato o que não aconteceu até hoje.
Abel Cosme, que estava alegadamente foragido da Justiça, é um dos implicados no “Caso CNC”, acusado de envolvimento em desvios de fundos enquanto gestor da Unicargas.
O principal réu deste julgamento foi o ex-ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, condenado a 14 anos de prisão, pelos crimes de peculato, branqueamento de capitais, associação criminosa e artifícios fraudulentos para desviar fundos do Estado.
No mesmo processo foram também condenados o ex-director-geral do CNC, Manuel António Paulo, a dez anos de prisão, e os antigos directores-adjuntos Isabel Bragança e Rui Manuel Moita, a 12 e 10 anos, respectivamente.
O funcionário Eurico Pereira da Silva foi condenado a dois anos de cadeia, com pena suspensa.
Em função do recurso interposto, o plenário do Tribunal Supremo decidiu, em Dezembro de 2019, reduzir as penas dos réus, sendo que a de Augusto Tomás baixou de 14 para oito anos.

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