O BANQUETE: “OS REAIS MOTIVOS E OS CULPADOS DOS ROUBOS NO BANCO SOL”
Roubos ocorrem todos os dias no Banco Sol, por semana podem chegar até mais dois de mil milhões de kwanzas, prejuízos avultados sem que os verdadeiros culpados sejam punidos exemplarmente, salvo se for um mero técnico que por azar ou ver que os bosses também roubam tenta a sua sorte.
Estes roubos coincidem com o período em que foram terceirizados os serviços de fecho diário a técnicos da empresa ASSECO, algo desnecessário e de pura má intenção, porque esta empresa não trouxe nenhum valor acrescentado e os seus técnicos ainda tiveram que ser formados pelos técnicos Banco Sol da DTI (Direcção de Tecnologias de Informação), que sempre fizeram o mesmo serviço com qualidade e não ocorriam os desfalques como se constata hoje.
Todos os serviços de informática e tecnologias foram terceirizados inclusive serviços críticos que são feitos em servidores na nuvem e fora de Angola, quando o Banco Sol sempre teve dois Datacenters a funcionarem muito bem, esta terceirização é que permitiu que ocorressem os ataques cibernéticos contra o Banco Sol em fevereiro 2023 e outro em 2022, em termos informáticos o ataque que ocorreu, é o tipo de ataque cibernético só ocorre se alguém a partir de dentro, com controle das senhas de administrador dos sistemas assim o permita, até mesmo nos filmes e séries televisivas, nota-se que pra qualquer invasão é necessário o acesso físico, na ausência do mesmo alguém de dentro é que fornece as coordenadas e senhas de acesso.
Todos os ataques foram premeditados, porque para além de o Banco Sol ter pago mais de 20 milhões de dólares para reaver os dados e reabilitar os sistemas, o que foi um bónus, serviram os mesmos ataques para a queima de arquivos para ocultarem as outras roubalheiras orquestradas pelo Administrador Gil Alves Benchimol, responsável pela DTI e o Director da DTI Paulo Paim, em conluio com outros pelouros, principalmente o financeiro e o da contabilidade, tanto é que apagaram também propositadamente todos os dados de auditoria.
Todas as terceirizações têm custos avultados e têm que ser pagos em divisas preferencialmente, assim são firmados os contratos com o Adm. Gil Benchimol que em conluio com o Director Paulo Paim recebem as suas “mixas” lá fora, “mixas” até de salários de consultores que desde a pandemia em 2020 não voltaram a pousar os pés em Angola, passam a vida sem fazer nada, mas recebem até agora mais de 10 mil Euros por mês de salários.
Não se entende por exemplo que actualmente os trabalhadores competentes da DTI fiquem praticamente com os braços cruzados o dia todo, porque não lhes dão trabalho nenhum para fazerem e continuem a admitir novos funcionários, pior ainda quando se sabe que todos os trabalhos e sistemas críticos são controlados a partir de fora do País, terceirizados de forma avultada e dolosa para o próprio Banco Sol.
Para além da roubalheira, que futuro se espera de um Banco que em última instância controlado por estrangeiros e a partir do estrangeiro.
Alexandre Manuel Luís
Fonte: Angola24horas