MAIS DE 20 CRIANÇAS FORAM VIOLADAS NO Iº TRIMESTRE DO ANO LECTIVO 2022/2023 DIZ FRANCISCO TEIXEIRA

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O Presidente do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) Francisco Teixeira, informou recentemente, numa entrevista concedida à TV HORA H que em Luanda, mais de 20 crianças foram violadas por professores no primeiro trimestre do ano lectivo 2022/2023, mas que os casos foram abafados para não manchar os nomes das instituições.

ANNA COSTA

Francisco Teixeira, que falava sobre as questões de assédio sexual nas escolas, disse que boa parte dos casos que o MEA acompanhou, quer no ensino geral como no médio, foram resolvidos em processos disciplinares, internos, porque as direcções das instituições assim o quiseram para não manchar o nome da instituição em causa.

“Quando acontece isso, as escolas, sobretudo as privadas, porque dependem da imagem para terem clientes, o director tenta abafar o caso para que a família e a imprensa não se apercebam, como se de um objecto se tratasse. Professores namoram adolescentes na escola, queixam no director, director abafa o caso e acabou, é só um cliente que não pode manchar o nome da instituição e isso não é para resolver com esse tipo de processo, isso é um crime” disse Francisco Teixeira no programa Especial Hora H

Conforme o líder do MEA, vai crescendo o caso de crianças dos 9 em diante, violadas sem que os pedófilos sejam responsabilizados, motivo pelo qual foi duas vezes falar com o Ministro do Interior Eugénio César Laborinho, de modo a trabalharem juntos para que de forma legal os implicados paguem pelo crime cometido.

MEA GARANTE LUTAR CONTRA VIOLAÇÕES E LUTAS DE GANGUES NAS ESCOLAS

Com objectivo de dar tolerância zero aos casos, Francisco Teixeira disse que o Movimento que dirige decidiu ser mais contundente no que toca aos casos de violações e que está agora a trabalhar com a delegação do Minint para por fim às práticas de agressão sexual contra as crianças por professores.

“ Agora nós estamos a criar condições nas escolas, qualquer denúncia é chamar a polícia e prender o professor, depois o MED vai lá ouvir o que o tribunal disse, porque este processo de conversarem entre amigos está a dar espaço a mais violações, temos que cortar isso, crianças não são objectos sexuais do professor e o professor não pode vir com conversas de que a aluna é que me assediou”, disse.

Teixeira, apelou também aos encarregados de educação a conversarem mais com as crianças para que elas sejam as responsáveis em transmitir o que acontece, pois que, segundo diz, “boa parte das crianças violentadas os pais nunca se aperceberam”.

Segundo o também activista, outro assunto que fez parte da conversa com o Ministro do Interior, são os casos de lutas de gangues que segundo ele, ganhava muito preso dentro das escolas, onde se criaram as brigadas escolares para intervir nestas situações e almeja que tal núcleo entre também no interior dos bairros de modo a levarem o espírito de tranquilidade aos estudantes.

“De um tempo a esta parte Luanda foi palco de muita luta entre estudantes, há pessoas que deixaram de estudar porque não havia segurança e nós temos estado a trabalhar neste sentido para que a escola volta a estar segura e seja um bom lugar de se estar, mas o Minint todos nós sabemos, depende do poder político”.

De referir que tais pronunciamentos foram feitos no programa “ESPECIAL HORA H” realizado quinzenalmente às sextas-feiras, emitido em directo no facebook e YouTube TV Hora H.

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