CENTRO DE SAÚDE BAIRRO OPERÁRIO ENJEITA MEDICAMENTOS EXPIRADOS AOS PACIENTES

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O Centro de Saúde do Bairro Operário no Distrito Urbano do Sambizanga, município de Luanda, foi, neste final de semana, apanhados pela Associação de Defesa do Consumidor (ADECOR) a usar aos pacientes, medicação, reagentes e materiais descartáveis com data de validade vencida, soube a ADECOR através de várias denúncias feitas pelos utentes.

ANNA COSTA

Após várias denúncias, a Associação que tem como principal objectivo proteger os direitos do consumidor delegou uma equipa para constatar a veracidade e detectou, em várias salas, produtos com a data de caducidade vencida a serem administrados aos pacientes.

“ Nós lamentamos pelo facto de ser um centro de saúde a quem recorremos para melhoria da nossa saúde e nele encontramos situação do género”, lastimou o porta voz da ADECOR, Luís Francisco

Os medicamentos expirados, segundo o porta-voz, encontra-se em todas as áreas do centro de saúde, tais como no depósito, laboratórios, Banco de Urgências e em outras áreas de atendimento, sem o conhecimento dos técnicos em serviço.

A ADECOR, disse não ter informações de quanto tempo os medicamentos estão armazenados naquela instituição, porém afirma categoricamente são administrados aos pacientes

De acordo com o porta-voz, a administradora do Centro de Saúde Bairro Operário, Carla Faria, disse que desconhecia a existência dos produtos no depósito, porém depois de ter sido notificada sobre as irregularidades na instituição a administradora não se fez presente no dia da visita da ADECOR, alegando estar a tratar assuntos pessoais.

“ Ela não esperava que fizéssemos a visita agora, ela preparou um outro dia mas nós preferimos vir hoje de surpresa para encontrarmos mesmo este flagrante” disse Luis Francisco ao Jornal Hora H

O caso, segundo o representante da ADECOR, já foi remetido a Serviço de Investigação Criminal (SIC) para o devido tratamentos e aconselha a população a ter mais atenção as datas de validade dos produtos a utilizar para que casos do género não voltem a acontecer.

Dos medicamentos expirados administrados aos pacientes constam, amoxaciclina, amplicina de sódio, prometazinas injectável, água digestival infantil, kits para análises clínicas, fraldas descartáveis, seringas, grampos umbilical e violetas.

O Jornal Hora H contactou a administradora do Centro Carla Faria, mas não obteve sucesso.

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