Os funcionários da Televisão Púbica de Angola (TPA-Uíge), que denunciaram o esquema de favoritismo, nepotismo, bajulação, desvios de bens oferecidos a instituição e que exigem a exoneração de Rita Solange, foram hoje, quarta-feira, 30, notificados por Nelson Fernandes da Costa, Director do Serviço de Investigação Criminal do Uíge, para comparecerem nos dias 06 e 07 de Setembro do corrente ano no SIC, afirmou hoje uma fonte do Jornal Hora H.

ANA MENDES 

A queixa surge em função de uma carta a que os funcionários assinaram para que Rita Solange fosse demitida do cargo, por abusos de confiança, má gestão, extorsão, incompetência, abuso de poder, desvio de dinheiro e maus tratos.

Segundo o documento a que o Jornal Hora H teve acesso, corre em trâmites legais um processo-crime registado sob nº 53506/023-04  e nos termos do artigo 123º do código penal, o Serviço de Investigação Criminal endereçou uma notificação à TPA-Uíge a solicitar a funcionária Marta de Fátima Filipe e  os demais autores da carta que denuncia Rita Solange, para contactarem o instrutor Malelo no Departamento de Combate aos Crimes Financeiros e Fiscais.

Na carta endereçada exclusivamente ao PCA da TPA Francisco Mendes, assinada pelos 15 funcionários, alega-se várias situações existentes dentro daquele órgão de informação estatal e solicita-se que a jornalista Rita Solange seja exonerada do cargo de directora, por alegada incompetência.

A fonte conta que em menos de 15 dias os chamados “Reformistas da TPA-Uíge”, aguardaram para que o processo tenha resultados a nível do Conselho de Administração da TPA e o que receberam nesta quarta-feira, 30, é apenas uma notificação do Serviço de Investigação Criminal .

Para a fonte do Jornal Hora H, está para longe o fim do diferendo que opõe a Directora da TPA Uíge Rita Solange e os treze funcionários, que assinaram a carta para a demissão da jornalista.

“Rita Solange antecipou-se e apresentou queixa-crime contra os funcionários que assinaram a sua demissão” disse a fonte.

 “Nos dias 6 e7  algumas reportagens do Centro de produção da TPA Uíge não serão feitas nem editadas tampouco emitidas, porque os profissionais estarão a ser ouvidos junto do SIC Uíge, afirmou a missiva.

A fonte entende ser um abuso de poder deterem todos funcionários notificados, concluindo que a Televisão Pública de Angola no Uíge, ficará apenas com a Rita Solange e os outros dois funcionários que não assinaram a carta e por esta razão não foram convocados pelo SIC.

No princípio do contraditório, o Jornal Hora H contactou nesta quarta-feira, 30 de Agosto a Directora Rita Solange que respondeu nos seguintes termos, “Não vou me pronunciar sobre este assunto, podem publicar a matéria, porque a vez passada já o fizeram sem me contactar” disse a acusada.

O Jornal Hora H, vai continuar acompanhar este assunto até ao seu desfecho.