3.º SUBCHEFE DA PN SUICIDA-SE NO TRIBUNAL DE COMARCA

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Um terceiro subchefe da Polícia Nacional de nome Rodrigues Albano Inácio, de 49 anos de idade, afecto à Unidade de Segurança Pessoal e de Entidades Protocolares de Benguela, suicidou-se com um tiro na cabeça, ontem, sexta-feira, 28, no seu posto de trabalho.

O facto ocorreu nas primeiras horas (por volta de 7 horas de manhã) no interior das instalações do Tribunal Provincial de Comarca de Benguela, onde a vítima encontrava-se em serviço de guarnição

O porta-voz do Comando Provincial de Benguela da Polícia Nacional, superintendente Ernesto Tchiwale, disse que estão a ser investigadas as motivações deste acto.

Dados colhidos, referiu, dão conta que a vítima, sem qualquer motivo aparente, isolou-se num local de descanso e, utilizando uma arma de fogo do tipo AKM em sua posse, efectuou um disparo na zona da mandíbula, tendo causado morte imediata.

Ernesto Tchiwale disse que o Comando Provincial da PN em Benguela lamenta o sucedido e endereça à família enlutada profundos sentimentos de pesar. O piquete do SIC procedeu a remoção do cadáver.

De realçar que, nos últimos tempos, a frustração tomou conta da maior parte dos efectivos da polícia à nível do país, particularmente para aqueles que ostentam a mesma patente há quase duas décadas.

Em Dezembro do ano passado houve caso semelhante. Um terceiro subchefe da Polícia Nacional de nome Fernando Paulo, de 47 anos de idade, disparou contra própria cabeça com a sua arma, quando fazia o trabalho de guarda e guarnição no comando municipal de Nharêa, na província do Bié.

Já em Fevereiro deste ano, um outro efectivo da polícia nacional, que respondia pelo nome de Fernando Susso Chambuaco, de 35 anos, suicidou-se com um tiro na cabeça, na província do Bié, após fazer um vídeo a se despedir dos familiares e amigos.

Por fim, em Junho do ano em curso, um agente de 1° classe da polícia nacional colocado no Comando Municipal de Viana, de nome Yuri de Carvalho Pascoal, de 37 anos, cansado de viver, decidiu pôr fim à sua própria vida, com uma simples corda.

O facto ocorreu no interior da sua residência onde o mesmo vivia com a família, localizada na rua da Praça, no bairro Titanic, município do Kilamba Kiaxi, em Luanda.

Os casos aqui relatados, são exemplos claros de que o comandante geral da Polícia Nacional, comissário-geral Arnaldo Manuel Carlos, precisa tomar medidas urgentes – uma delas é resolver os problemas básicos que afectam os membros da corporação – para travar a onda de suicídio no seio desse órgão castrense. Caso contrário, não vai sobrar ninguém para manter a ordem e garantir a segurança da população. 

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