CNE NO UÍGE ACUSADA DE DESVIAR 32 MILHÕES DOS COMISSÁRIOS E PRESIDENTE AVELINO MARTINS DESMENTE ACUSAÇÕES
Os Comissários municipais e provinciais da Comissão Nacional Eleitoral da Província do Uíge, acusam os seus chefes de desviarem 32 milhões de kwanzas destinados aos seus salários, afirmaram nesta sexta-feira, 23, do corrente ano as vítimas ao Jornal Hora H.
FRANCISCO MWANA ÚTA
Segundo a fonte, Há um universo de 16 comissários municipais e províncias eleitoral da província do Uíge que a CNE deve dois milhões cada, desde Junho do ano passado até a presente data, os comissários já vêm a reclamar na base dos extractos bancários juntos a comissão provincial eleitoral do Uíge, mais até agora não há nenhuma resposta satisfatória.
De acordo com a fonte do Jornal Hora H, as vítimas dos referidos desvios, são na sua maioria chefes de família e pedem ajuda aos activistas, políticos e a sociedade em geral para ajudarem a partilhar o referido assunto até chegar a quem de direito para resolver a entrega dos seus ordenados.
As fontes do Jornal Hora H, recusam ser identificadas para não sofrerem retaliações e entregaram um dossier onde frisa o esquema dos supostos desvios de milhões, por parte dos seus superiores.
No princípio do contraditório, o Jornal Hora H, contactou o Presidente da Comissão Nacional Eleitoral do Uíge, Avelino Martins que esclareceu nos seguintes termos, Realmente há uns Comissários novos que foram empossados um mês antes do pleito eleitoral que estão nestas condições e isso só aconteceu porque eles têm documentos a entregar para regularizarem a situação.
“Os mesmos depois de entregarem os documentos no Ministério das finanças, constatou-se que existiam algumas anomalias, entre elas a dupla efectividade, IBAN incorrectos, nomes trocados, e muitos deles trocaram os para escaparem das duplas efectividades” acusou o Presidente da CNE no Uíge.
O problema não é da Comissão Nacional Eleitoral da província do Uíge, há um atraso de subsídios, também acumulado de salários para estes profissionais e brevemente será resolvida pela nacional, disse Martins.
Reconhecemos que existem atrasos, mas que não dependem da Comissão Nacional Eleitoral do Uíge, e o processo esta a ser tratado e resolvido paulatinamente pelo Ministério das Finanças e a Direcção da CNE em Luanda, disse o Presidente Avelino Martins ao Jornal Hora H.
“Não é possivel haver desvios de fundos dos Comissários Eleitorais no Uíge, porque o sistema não permite, os salários são transferidos direitamente nas contas dos funcionários”, afirmou.
Não são só os dezasseis Comissários Municipais e Provinciais que estão nestas condições, os demais já foram resolvidas as suas preocupações e os trâmites para sanar estas falhas continuam, afirmou o número um da CNE do Uíge, Avelino Martins ao Hora H.