DIA MUNIDAL DO REFUGIADO: MAIS DE 110 MILHÕES DE PESSOAS FORÇADAS A SE DESLOCAR
O relatório Tendências Globais do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) mostra que o número de pessoas forçadas a deslocar-se no mundo dobrou na última década, atingindo mais uma vez um recorde com graves consequências para os direitos humanos, escreveu o centro de informação europeia, hoje, 20 de Junho, data que marca o dia Mundial dos Refugiados.
ANNA COSTA
A data internacional designada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objectivo de realçar a coragem, os direitos, as necessidades e a resiliência dos refugiados decorre este ano sob tema “Esperança longe de casa” .
A data procura mobilizar vontade política e os recursos para que os refugiados possam não só sobreviver, mas também prosperar.
Segundo um lembrete do centro de informação europeia, este dia procura também lembrar todos aqueles que tiveram de escapar à guerra, a perseguições ou a cenários de terror, sem esquecer os que por qualquer outra razão, como a raça, religião, nacionalidade, pertença a um grupo social particular ou com opinião política, foram forçados a deslocar-se para outra região que não a sua.
Os números do relatório também confirmam que continuam a ser os países de baixos e médios rendimentos – e não os ricos – que abrigam a maioria das pessoas deslocadas. Os 46 países menos desenvolvidos respondem por menos de 1,3% do Produto Interno Bruto global, mas abrigaram mais de 20% de todos os refugiados.
Baseando-se na data, o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, na sua página oficial do “ Facebook” apelou a necessidade do diálogo para se pôr fim a tal situação.
“A paz deve ser o princípio e o fim de toda a actividade humana, por permitir a realização e a afirmação individual e colectiva em sociedade, é neste sentido que apelamos insistentemente para o diálogo com vista a ultrapassar qualquer assunto fracturante”, escreveu o Presidente da República.
O Dia Mundial dos Refugiados foi proclamado através da Resolução 55/76 adoptada na Assembleia Geral das Nações Unidas de 4 de dezembro de 2000.