FILIPE ZAU GARANTE EMPREGOS E UMA AGENDA CULTURAL CONTÍNUA
O ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, reiterou, sexta-feira, em Luanda, o compromisso do Executivo na garantia da empregabilidade e a criação de uma agenda cultural como prioridades.
Estas declarações foram feitas no encontro de concertação entre responsáveis de estabelecimentos de restauração e similares, chamados a aderir ao protocolo firmado, a 24 de Maio, entre União Nacional dos Artistas e Compositores Angolanos, Sociedade de Autores (UNAC-SA) e a Associação de Hoteis e Resorts de Angola-AHRA.
Estiveram presentes Zeca Moreno, pela UNAC-SA, Ramiro Barreira, da AHRA, Maneco Vieira Dias, presidente da Comissão da Carteira Profissional do Artista, quadros do Ministério da Cultura e Turismo, representantes dos restaurantes e similares, agentes culturais e do turismo.
O governante reconheceu a importância de fomentar o turismo para quem esteja em Angola. “Se o turismo cria receitas, nós temos que fazer gastar e um dos pontos que nós vimos que devemos fazer é criar atractivos sobretudo na classe dos músicos que não tinha trabalho porque a nossa agenda centra-se muito nas efemérides. O músico não vive apenas destas datas, ele tem famílias e nós temos uma série de hoteis onde não acontece nada” afirmou, Filipe Zau.
Depois do memorando firmado entre a UNAC-SA e AHRA o processo está a ser alargado aos restaurantes que albergam mais gente. Estão a ser localizados por áreas e a Ilha de Luanda por ser um local essencialmente turístico pode servir como ponto de partida. “Pode haver mais actividades do ponto e vista musical e que não tem tantos problemas de barulho sonoro que se possa fazer dentro das cidades e portanto um local onde os artistas podem desenvolver o seu trabalho. Depois vamos alargar em todo o país”
Como exemplo de uma agenda cultural actuante, deu o Palácio de Ferro com uma programação mensal e a entrada agora de alguns hotéis que estão a criar a sua programação à medida que conhecem os artistas.
“Desta forma têm mais propostas e que podem jogar um preço mais de acordo com esta primeira fase que estamos. Isto poderá ajudar a evitar muitas vezes a especulação quer do artista que pede muito dinheiro porque não sabe quando volta a ganhar quer do hotel ou restaurante que aproveita e faz disparar os preços” afirmou o ministro da cultura e turismo. Todo este processo vai depender do ritmo de organização, deles o importante é começar bem e de forma sistematizada.
Numa outra etapa outros sectores da vida nacional onde é possível levar mais animação para puxar o turista de fora e dentro serão incluídos, garantiu, Filipe Zau. Também defendeu que é importante dialogar com as associações para abordar questões como o da segurança e policiamento, falta de água e luz, estradas, saneamento e outros.
“Também devemos levar em conta outros lugares de cultura como os museus, arquivos históricos, pólos turísticos e ver dentro da estratégia de desenvolvimento do país como vamos criar planos e mecanismos de preços de concorrência para atrair os turistas.
Zeca Moreno e Ramiro Barreira, signatários do memorando de 24 de Maio que serviu de base para este encontro, fizeram um balanço retrospectivo e prometem trabalho junto à comissão instaladora dos restantes dos restaurantes e similares. A empregabilidade e uma agenda cultural de forma consistente para alavancar a nossa economia por via do turismo é o foco.
Diferente dos artistas e hoteleiros com associações reconhecidas, está a ser criada uma comissão constituinte da associação dos restaurantes de Luanda, com Daniel Viegas, Helt Araújo, Flávio Barroso, Francisco José e Anabela Yen. Estes vão trabalhar com o grupo técnico, em que Eliseu Major e Diogo Sebastião estão pela UNAC-SA, enquanto Paula Sebastião e António Simão do lado da AHRA.