MASSACRE NO HUAMBO: “ANGOLA TEM DE INVESTIGAR AS MORTES DOS MANIFESTANTES”, DIZ HUMAN RIGHTS WATCH
Organização de direitos humanos diz que há indicação de uso excessivo de força e que responsáveis devem ser levados a tribunal.
A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) insta o Governo angolano a investigar “imparcialmente e levar apropriadamente a tribunal” os responsáveis das forças de segurança responsáveis pela morte de manifestantes no Huambo.
Num comunicado divulgado nesta quarta-feira, 7, a organização afirma que as declarações da polícia de que foi forçada a intervir para conter actos de violência “não explicam o uso de balas contra uma multidão desarmada” e acrescentaque armas de fogo “só devem ser usadas para dispersar ajuntamentos violentos quando outros meios menos danosos não são práticos”.
SOBE PARA OITO NÚMERO DE MORTOS NOS CONFRONTOS ENTRE MANIFESTANTES E POLÍCIA
Situação continua tensa depois de confrontos entre a polícia e manifestantes que protestavam contra o aumento dos preços de combustíveis.
Três dos oitos cidadãos feridos e hospitalizados, na sequência das manifestações de segunda-feira, 5, na província angolana do Huambo, acabaram por morrer na madrugada desta quarta-feira, 8, elevando o número de vítimas mortais para um total de oito, soube a Voz da América de fontes familiares.
As autoridades sanitárias ainda não confirmaram essas mortes.
António Pedro, familiar das vítimas, disse “que não resistiram e acabaram por falecer”.
“Queremos justiça”, pediu.