A MÁFIA DA DROGA: OFICIAL DE CAMPO DO COMANDANTE ANTÓNIO KANDELA ENVOLVIDO EM TRÁFICO DE DROGAS

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Informações classificadas que a fonte do Jornal Hora H teve acesso, dão conta que as autoridades angolanas sempre tiveram o controlo da mulher que terá entregue, a um oficial da Polícia Nacional, volumes de drogas, chegados do Terminal DP Word Luanda, provenientes do Brasil. O referido oficial da Polícia Nacional é quadro afecto ao gabinete do segundo Comandante-Geral, António Pedro Kandela.

A misteriosa mulher atende pelo nome Olívia Maria Domingos, encontrando-se em liberdade, havendo suspeitas de que estará a beneficiar de protecção do Serviço de Investigação Criminal (SIC).

O SIC confiscou a droga, em sua casa, na Avenida Comandante Jika, em Luanda, ao contrario da versão do governo de que a mercadoria foi encontrada em 34 pacotes escondidos nos ventiladores de refrigeração de três contentores de frio, provenientes do Brasil, foram apreendidas, em Luanda.

A mulher misteriosa foi envolvida na transportação da mala de droga por um irmão Norberto Conde “Amarula Castanha”, que é funcionário do Terminal DP Word Luanda. Norberto Conde, e os colegas, dentre os quais o director de segurança da empresa portuária, João Papito foram recrutados por um homem que também já está detido e que é o suspeito de ter ligação ao desconhecido “dono da droga”. Consta também neste grupo de funcionários do referido terminal, um elemento identificado por “Sete” que é irmão de Olívia e de Norberto Conde.

O “elemento intermediário”, responsável pelo recrutamento dos funcionários do Terminal DP Word, comunicou a estes que tinha uma mercadoria proveniente do Brasil e que gostaria que a mesma fora retirada para fora de forma clandestina. Terá prometido contrapartidas ainda não reveladas, aos recrutados.

Os funcionários do Terminal DP Word , aceitaram a proposta. Norberto Conde, levantou a mercadoria a pedido do “elemento intermediário” levando para sua residência em Viana guardando no interior de uma viatura estragada estacionada no quintal.

Estes funcionários, seriam traídos por um fonte que denunciou tudo ao Serviço de Investigação Criminal resultando na detenção de todos, com a excepção da mulher Olivia Domingos. Após dominar a informação da existência da droga, o SIC prendeu Norberto Conde, que inicialmente negou tudo. Conde acabou confessando tudo o que sabia depois de submetido a sessões de torturas por parte dos homens do Comissário-Chefe, António Paulo Bendje, em violação a constituição.

Antes de ser capturado pelo SIC, o funcionário Norberto Conde, já havia sido alertado que os operadores estariam a sua caça tendo telefonado a irmão de nome “Sete”, para resgatar a mercadoria e entregar a irmã Olívia Maria Domingos, para guardar num local seguro, em sua casa.

O irmão “Sete”, pegou a mercadoria da casa do irmão, em Viana, e de seguida fez chegar Olívia Maria Domingos.

Com a mercadoria em mãos, dentro de uma pasta, Olívia Domingos, telefonou a amigo da família Tony Buila, dizendo que tinha uma mercadoria sensível do irmão Conde que acabava de ser detido e que precisava de guardar num local seguro.

António Buila, foi contactado por ser amigo de longa data da família e padrinho de casamento de Norberto Conde. Olívia Maria Domingos, recorreu ao mesmo, motivada pelo facto de “Tony” Buila ser um é quadro da Polícia Nacional.

Ambos falam ao telefone, e Olívia Maria Domingos, decide ir com a sua viatura até a casa do oficial da Polícia Nacional. Ao se encontrarem revelou que carregava pacotes com cocaína que um desconhecido entrou ao seu irmão que esta preso, tendo pedido que a mesma fosse guardar.

O amigo oficial da polícia nacional, terá rejeitado ficar com a mercadoria em sua casa, lembrando que na sua qualidade de quadro da ordem pública com mais de 40 anos de carreira não podia guardar produto desta natureza. Há versões de que terá convencido Olivia a entregar a mercadoria as autoridades.

De acordo com a reconstituição do trajecto feito, antes de ir a casa de Antônio Buila, a mulher aparentemente agitada telefonou para um outro amigo da família identificado por “Armando”, para que este conduzisse a sua viatura até a residência do oficial da polícia.

Durante aquele trajecto, o SIC telefonou para o terminal 923604282, pertencente a Olívia Maria Domingos, dizendo que estavam a sua casa na Rua Comandante Gika, em Luanda e que tinham conhecimento que ela tinha em posse a pasta com a mercadoria que o irmão ordenou -lhe a ir pegar em Viana.

Face a situação, o oficial da PN, Tony Buila e o amigo “Armando”, que estavam no bairro Benfica, decidiram acompanhar Olivia Maria Domingos que estava a ser aguardada pelo SIC em casa. Os dois homens escoltaram a mesma até ao perímetro do aeroporto de Luanda “4 de Fevereiro”.

Inicialmente, o amigo “Armando”, foi a conduzir o carro de Olívia Domingos, já que esta se sentia tensa, e o oficial da PN foi a escolta-los. Nas proximidades do aeroporto, os dois homens mudaram de viatura deixando Olívia seguir, com o seu carro, até a casa para entregar a mercadoria aos agentes do SIC, que aguardavam por si.

Na mesma noite “Tony” Buila, telefonou ao seu superior hierárquico, o comandante-Geral Adjunto Pedro Kandela, informando que tinha uns familiares por afinidade que estavam envolvidos em um problema de transportação de droga pertencente a um desconhecido barão, que os recrutou a partir do Porto de Luanda.

Ao fim do dia, o amigo “Armando”, que fez-se de motorista, regressou também a sua casa, até que no dia seguinte por volta das 18h, ter sido alvo de captura por parte da polícia de investigação. Paralelamente, o SIC fez algum tempo, e foi também a casa de Tony Buila, baixando ordem de detenção.

Quando interpelada pelo SIC, Olívia Maria Domingos disse que durante o trajecto da casa do irmão até a casa de Tony Buila, onde foi pedir apoio, trazia consigo 17 pacotes da mercadoria contendo a droga. Disse ainda que ao ir ao encontro dos agentes do SIC, deu falta de três deles. Olívia disse aos agentes que suspeita que “Tony” Buila lhe terá retirado os pacotes em falta no momento em que foi a casa deste pedir auxilio para esconder a mercadoria do irmão.

Olívia Domingos, que é empreendedora, dona de um salão de Beleza e um restaurante “Olívia do Bem”, no bairro São Paulo, é dada como estando a ser colocada fora do processo. De todos, ela foi a única que o SIC – por via da TPA – não divulgou a sua imagem. Foi também ocultado que existia uma mulher neste processo.

A nível das forças da ordem pública, em Luanda, proliferam rumores ainda não contestados, sugerindo que Olívia Maria Domingos, poderá ter recebido a propostas dos SIC, no sentido de alegar que estarão extraviadas três quilogramas de cocaína e que as mesmas terão sido retiradas por “Tony” Buila, no momento em que ela foi a casa dele. Os referidos rumores são sustentados, pelo facto de Olívia Maria Domingos, ser entre todos os detidos, a única que não foi mantida nos calabouços do SIC.

Nesta segunda-feira, 22, uma parte do grupo foi ouvida por um juiz de garantia devendo as audiências prosseguirem. Segundo apurou o Club-K, foi ouvido o irmão de Olívia, e funcionário do porto Norberto Conde, e o “intermediário do dono da droga” que o recrutou para retirar a mercadoria do Terminal DP Word Luanda. Nesta terça, 21, foi ouvido, Tony Buila, e o outro amigo da família, a quem Olívia Domingos pediu que conduzisse o seu carro até a casa do oficial da polícia Nacional.

Fonte: CK

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