A justiça angolana prendeu no passado dia 23 de março o Pastor João da Graça (na foto), pertencente a Igreja Lassista em Cabinda, devendo o mesmo ser apresentado, em tribunal, em data desconhecida, pela alegada acusação de apoio a imigração ilegal.

O MIC – Movimento Independentista de Cabinda, discorda da detenção pelo que endereçou uma missiva pública a governadora provincial Mara Regina da Silva Baptista Domingos Quiosa, para que conceda “a liberdade imediata e incondicional do Pastor João da Graça”.

Na missiva assinada pelo vice-Presidente do MIC, Sebastião Macaia, esta associação, é argumentado que o pastor foi preso quando participava numa reunião dos direitos humanos. “No dia 25 de Março de 2023, ele foi preso com dezenas de outras pessoas e, embora todos os outros envolvidos tenham sido libertados, o pastor João da Graça continua preso até a data presente”.

“Em Cabinda, a violação dos direitos humanos piorou nos últimos anos. Numerosos casos de violações de direitos humanos resultantes das políticas do regime do partido MPLA e do uso excessivo da força pelas Forças de Segurança, bem como o uso indevido do Sistema de Justiça, constituem um mecanismo de perseguição política. Em Cabinda, a justiça é usada contra os defensores de Direitos Humanos, principalmente os Independentistas. Há casos aberrantes de pessoas presas por simplesmente participar duma reunião pacífica sobre direitos humanos”, lê-se na missiva do MIC.

O MIC entende ainda que “essa conduta do governo do MPLA em Cabinda tem sido recorrente, e neste momento o pastor João da Graça está sendo mais uma vítima da ditadura do MPLA em Cabinda”.

O MIC apela a união de todos activistas de Cabinda, “para que unamo-nos em torno desta situação da prisão do nosso irmão pastor João da Graça e formador Makosso Rock Sosthene” e exigem “o fim das violações de Direitos Humanos em Cabinda e, em particular, o respeito pelos direitos à liberdade de expressão e reunião pacífica”.

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