PACIENTES E PROFISSIONAIS DE SAÚDE LAMENTAM SITUAÇÃO SANITÁRIA EM ANGOLA
Saúde foi os sectores que recebem maiores investimentos durante o primeiro mandato do Presidente João Lourenço.
Pacientes e profissionais dão nota negativa ao sector da Saúde, que recebeu os maiores investimentos durante o primeiro mandato do Presidente João Lourenço.
O atendimento continua precário, como a Voz da América pôde confirmar em Luanda.
A parturiente Antónia dos Santos, moradora do Município de Viana, província de Luanda, afirma que o investimento anunciado pelo Presidente da República no sector da saúde em Angola “pouco ou nada mudou”.
“Se não tiver dinheiro te desprezam… no hospital não se faz nada… todas as analises tens que fazer na rua… o atendimento é mesmo péssimo”, conta Santos.
Manuela Miguel, outra paciente e moradora do Munícipio de Belas também em Luanda, denuncia os maus tratos nos hospitais, que começam na recepção.
“Os familiares ficam foram… o hospital não tem nada. Higieniziaçao é péssima, a maternidade não tem equipamentos para fazer ecografia” , conta.
O bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola (Ordenfa), Paulo Luvualo, responsabiliza a proliferação de escolas técnicas de saúde, sem condições para preparar profissionais qualificados para o sector.
“Desde Fevereiro, já visitamos 93 instituições de ensino de saúde e delas apenas 30 estão em condições e isso nos preocupa”, afirma.
A Voz da América tentou o contacto com a ministra da Saúde, Silvia Lutukuta, mas sem resposta.
O Presidente angolano anunciou a construção, ainda neste ano, de seis hospitais em Viana, Cacuaco, Cunene, N’dalatando, Sumbe e Caxito, cada um com pelo menos 200 camas.