FAA DEVEM SER FORTES FACE A AMEAÇAS DE SUBVERSÃO DO PODER LEGÍTIMO
O Chefe de Estado defendeu esta quarta-feira que as Forças Armadas Angolanas (FAA) devem ser fortes e eficazes no seu papel de dissuasão a todo o tipo de ameaças e considerou serem um importante factor de estabilidade e de unidade nacional. Defendeu ainda a diversificação nos fornecedores de armamento e formação.
João Lourenço deixou estas considerações na cidade de Menongue, província do Kuando Kubango, durante a reunião com as chefias militares, na qualidade de Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, onde defendeu ainda a modernização das FAA para que possam cumprir o papel que a Constituição e lei lhes confere ma defesa da independência, da soberania nacional, da integridade territorial e do combate a qualquer tentativa de subversão do poder legítimo.
Refira-se que os três ramos das Forças Armadas Angolanas (FAA), nomeadamente Exército, Força Aérea Nacional e Marinha de Guerra Angolana, realizam esta terça-feira, em Menongue, na província do Kuando Kubango, manobras tácticas de brigada militar, que foram assistidas pelo Presidente da República, João Lourenço, na qualidade de Comandante-em-Chefe.
O chefe da direcção Principal de Educação Patriótica da FAA, tenente-general António de Jesus Fernandes, informou que com essas manobras militares pretende-se garantir que as FAA estão preparadas para todas as missões em tempo de paz.
“É um processo normal, no quadro do calendário das actividades das FAA que se realizam anualmente e que visa somente o processo de adestramento das tropas “, explicou o tenente-general António Fernandes, frisando que a actividade decorreu sob o lema “Na paz fortaleçamos as Forças Armadas”.
Na mesma ocasião, o Presidente da República defendeu que o país deve apostar na diversificação da cooperação e das parcerias no domínio da defesa e segurança.
João Lourenço especificou que essa diversificação deve passar por comprar equipamento militar e armamento bem como adquirir competências militares militar “onde forem abertas as portas” a Angola, naquilo que pode ser lido como uma declaração de algum afastamento das fontes até aqui preponderantes, que é de longe a Rússia, como fora então a ex-URSS.
O Chefe de Estado juntou a estas credenciais a garantia de “financiamento em condições favoráveis” como essencial para essa mudança de agulha, dando como exemplo a Marinha de Guerra do país, cujas embarcações novas estão a chegar de diversas proveniências.