A Assembleia Nacional foi chamada a intervir junto do Poder Executivo para a resolução dos problemas que afligem, diariamente, os jovens, desde sociais, ambientais, culturais e os de natureza jurídico-laboral.

O apelo foi manifestado, ontem, em Luanda, no encontro de trabalho entre o primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional, Américo Cuononoca, e 51 membros do Conselho Nacional de Juventude (CNJ), que solicitaram maior estreitamento na relação entre os poderes para que a médio e longo prazo se resolvam os problemas do quotidiano da juventude angolana.

De acordo com o presidente do CNJ, Isaías Kalunga, os vários problemas apresentados à Assembleia Nacional, quer por escrito quer verbalmente, constam a concretização das políticas públicas viradas à juventude, a não participação nos debates parlamentares quanto às questões ambientais, drogas, alcoolismo, formação académica, profissional e o diálogo intercultural.

O CNJ enquanto plataforma social, política, académica, cultural, ambiental e não só, frisou Isaías Kalunga, pode servir de um meio para a identificação e resolução dos vários problemas que até agora não foram resolvidos.

No campo académico, o presidente do CNJ disse que os jovens reivindicam o afastamento de muitos estudantes universitários sem terem em conta as consequências sociais, financeiras, emotivas e futuras dos lesados.

Em relação aos jovens que se dedicam à actividade de táxi e moto-táxi, Isaías Kalunga referiu que foi uma “excelente ocasião” que permitiu falar sobre a possibilidade de um debate quer na especialidade como na generalidade, para a feitura de leis a favor da formalização da actividade por forma a dar dignidade para quem a exerce. 

Em relação às questões ligadas ao ambiente, referiu que os jovens têm demonstrado bastante interesse. Por isso, continuou, solicitam ao Parlamento a convidar para os debates, com vista a preservar o ecossistema nacional.

 Isaías Kalunga disse que jovens se sentem responsáveis e partícipes para a edificação de Angola, porém precisam apenas estreitar a relação com os poderes Legislativo, Executivo e diferentes agremiações juvenis espalhadas nos municípios do país.

PRINCIPAIS INQUIETAÇÕES COLOCADAS A AMÉRICO CUONONOCA

O primeiro-vice-presidente da Assembleia Nacional, Américo Cuononoca, agradeceu ao CNJ por ter solicitado um encontro com o Parlamento, que permitiu colocar as principais inquietações da juventude, tendo-a considerado “força motriz do país” e a que mais sofreu durante o conflito armado.

A juventude, frisou Américo Cuononoca, ainda sofre pelo facto de muitos não terem alcançado os objectivos. “Ela é a nossa aposta para o desenvolvimento. A audiência foi de suma importância e positiva”, realçou.

O encontro permitiu que os jovens apresentassem os problemas ligados ao consumo de drogas e álcool, considerados um problema de Saúde Pública, bem como apelaram para o envolvimento em actividades ambientais.