É ERRO DE PALMATÓRIA UNITA ABALAR-SE PELAS ACÇÕES DO CNJ – JORGE MAIATO
A JURA, organização juvenil do partido UNITA, realizou de 15 a 17 de Março o seu V Congresso Ordinário que elegeu a Secretário-Geral Nelito Ekuiku em substituição de Agostinho Kamuango, ambos Deputado a Assembleia Nacional.
Nos dois dias de Congresso, Nelito Ekuikui ao discursar já dizia que caso fosse eleito, faria routura com o CNJ, porque segundo ele esta plataforma não defende os interesses dos jovens e seria a JURA a defender o interesse dos jovens. Decisão essa que foi publicamente confirmada a quando da tomada de posse do novo Secretariado da JURA no dia 8 de Abril em cerimónia realizada no Complexo da Sovsmo. Acção esta que segundo os analistas políticos consideraram de populista e irresponsável.
O Analista João Silva considera que a Jura suspendendo a sua participação no CNJ estaria a fazer política de cadeira vazia e demonstra medo de ser mobilizado e reduzida pelas acções do Conselho Nacional da Juventude.
Enquanto os analistas pensavam que era apenas uma acção da Jura, no dia seguinte ao anúncio da saída da Jura, o Presidente da UNITA Adalberto da Costa Junior participou de uma conferência em Benguela realizada pela Omunga e também disparou ataques ao Presidente do Conselho Nacional da Juventude Isaías Kalunga, acusando-o de estar a comprar consciência de jovens com casas e outras beneses que o Governo do MPLA põe a disposição do CNJ. E, ACJ considerou ainda que foi por essa razão que a sua organização juvenil suspendeu a sua participação como Membro do Conselho Nacional da Juventude.
Essa acção do Presidente da Unita veio a confirmar a afirmação pela qual o Conselho Nacional da Juventude está a executar acções que têm desestabilizado o maior partido na oposição e desmobilizando muitos bons quadros que acorrem para o MPLA e outros mesmos, expulsos por ACJ.
Os jovens consideram que foram agredidos verbalmente pelo presidente da Unita quando no acto da Omunga disse os jovens não podem receber casas do Estado, muito menos via CNJ, porque assim lhes estavam a comprar as consciências.
ACJ foi mais duro ainda quando realçou que o CNJ tem estado ao serviço do MPLA, executando políticas do Estado para beneficiar os jovens, mas com a finalidade de comprar consciência.
Em reacção aos pronunciamentos do Presidente da UNITA, pela primeira vez na história da Unita, ACJ irá enfrentar as primeiras manifestações contra si perpectuadas por jovens activistas conhecidos como aliados históricos da UNITA mas que vivem no vida Pacífica e não aceitam que as suas consciências foram compradas.
Albano Capinala, militante da Unita e activista disse que será um dos jovens na fila da frente das manifestações contra ACJ caso ele não pedir desculpas aos jovens angolanos, pois ACJ recebeu do governo do MPLA casa no Nova Vida, no Patriota e no Talatona e nem com isso alguém ousou acusar-lhe de ter vendido a sua consciência.
Bem recentemente, ouve uma demonstração de forças, quando a Unita apoiava os seus militantes e a sociedade em geral a não irem trabalhar ficando em casa para que o governo reflectisse sobre as condições de vida do povo angolano. E, entretanto a Unita a assumir a autoria de um comunicado que apoia acção do género, abreria precedentes enormes que qualquer cidadão e seu militantes em particular sintir-se-iam orientados a não sairem de casa e tudo fazerem para que mais citadinos não viessem a sair de casa, nem que o terror fosse instalado, com agressões a quem não quisesse ficar em casa e fosse trabalhar. Assim como ficar patente o sentimento de medo de serem agredidos e partidos os seus carros e motos, os taxistas e moto taxistas que fossem surprendidos por militantes da Unita.
Num acto de coragem, contrariando o comunicado da UNITA, o Conselho Nacional da Juventude dois dias antes do dia 31 de Março, antecipou-se e realizou no Cine Atlântico uma cerimónia que juntou os Presidentes e membros de associações do sector de táxi e moto táxi e esses responsáveis discursaram dizendo que todos os taxistas iriam trabalhar no dia 31 de Março e que ninguém ficaria em casa, facto que criou um mau estár entre a JURA braço juvenil da Unita e o CNJ.