ACUSADA AMEAÇA ESQUARTEJAR CIDADÃOS QUE DENUNCIARAM INVASÃO DE SUAS TERRAS
Uma cidadã identificada apenas por Rita, filha de um camponês, (falecido), que vendeu uma parcela de suas terras ao senhor de nome Adérito Tomás, ameaçou esquartejar os alegados proprietários, por estes terem denunciado uma suposta rede de invasores em que a mesma está envolvida, no bairro Uanhenga Xitu, no município de Icolo e Bengo, em Luanda
ANNA COSTA
O facto ocorreu quando as fontes, Adérito Tomás e Rosa Sebastião, recorreram ao Jornal Hora H e denunciaram o que chamaram de “injustiça” e ameaças vividas nas que consideram suas terras, na zona do 44, um espaço que segundo os mesmos foi adquirido há mais de 20 anos.
De acordo com a fonte do Jornal Hora H, durante todo tempo de luta pelas terras, a área jurídica do Kilometro 44, fez um despacho e enviou o caso para Catete, esta, por sua vez, deu um parecer favorável às filhas do antigo proprietário, mesmo o cidadão Adérito apresentar os documentos que comprovam a compra do espaço.
“Então se o pai já vendeu, a filha torna-se mais herdeira?” questionou o denunciante.
Em busca do contraditório, o Jornal Hora H, contactou, via telefónica, uma das a filha do antigo proprietário do espaço, identificada por Rita, que informou já não ter nada a ver com os senhor em causa, e num tom irado proferiu ameaças direitas aos denunciantes, alegando que recebeu apenas o que lhe pertence.
“Eu já não tenho nada a ver com o senhor Adérito nem com a senhora Rosa, porque eu não recebi terrenos deles, simplesmente recebemos o que nos pertence, diz mesmo ao Senhor Adérito que a Dona Rita disse para ele parar de dar meu número nas pessoas, senão se eu lhe encontrar será eu própria a lhe esquartejar com as catanas” recomendou a acusada.
A camponesa Rosa Sebastião, revela que a situação já existe há um tempo e que desta “luta” ela e o seu esposo já foram brutalmente espancados pelos supostos invasores de nome Rangel, Nguxi e Feliciano (o segundo homem da coordenação do moradores) e que seu neto foi alvejado.
“Eu e o meu marido nos cortejaram, meu neto lhe deram um tiro, estávamos internados na URPI, eu já fui responder várias queixas-crime, já fui até no tribunal, tenho todos os documentos, a pessoa que fez a queixa até hoje nunca apareceu” disse.
Os camponeses, disseram que já recorreram á administração mas que até hoje não obtiveram sucesso.
“Já falamos com a administradora cessante do Icolo e Bengo, Humberta Paixão e até agora nada, estamos a tentar com este novo que está a nos dar voltas, desde dezembro que marcamos audiência até agora não responde”
Os denunciantes disseram ainda que os invasores contam com a colaboração do Coordenador do bairro, William Mascarengo Fernandes, que diz que “ eu não como sozinho do dinheiro daqui, podem se queixar”.
O Jornal Hora H contactou pela mesma via o coordenador do bairro Uanhenga Xitu William Mascarengo mas sem sucesso.