Quando li a notícia sobre a sua morte eu já estava a chorar antes, pois neste mesmo dia tinha acabado de perder também um membro muito importante da minha família em Angola.
Quer dizer, a notícia funcionou para mim como uma mola aceleradora e não como um travão como deveria ser se não fosse triste.
Estou chocado e triste mas mesmo apesar de enfrentar dificuldades para começar a falar do Azagaia como seu fã que sempre fui, sem me emocionar ainda mais.
Ao fazer girar na minha memória as suas músicas revolucionárias me recordando dele, não resisti ficar mesmo só calado neste momento de dor.
Poucos acumulavam de forma extraordinária como ele os acontecimentos do dia-a-dia político e social de Moçambique e desenvolveu seu talento natural.
Explorando seu potencial como músico revolucionário como ele nos tempos que correm.
A primeira vez que escutei uma música dele que fez arder a minha alma.
E lágrimas o meu coração de emoção por tanta verdade dita, já lá vão alguns anos se a consciência não me trai, foi por aí em 2009 intitulada “Combatente da fortuna”…
Depois nunca mais deixei de acompanhar a sua brilhante e
revolucionária carreira musical e juntei à minha colecção musical outros sons do mesmo.
Como por exemplo, as intituladas por “Minha Geração”, “O abc do preconceito” o “Vendem o país” entre outras tantas.
Descanse em paz Mano Azagaia.
Como era conhecido e tratado carinhosamente não apenas pelos moçambicanos assim como por todos aqueles como eu, que te admirava, considerava e respeitava.
Continuarei
Fórum Livre Opinião & Justiça
Fernando Vumby.