CRISE NA JUSTIÇA: GRUPO PARLAMENTAR DA UNITA PEDE DEMISSÃO DE JOEL LEONARDO E ACUSA JOÃO LOURENÇO DE O PROTEGER
O país tem registado nos últimos três meses uma sequência de notícias sobre a crise do Poder Judicial, de que despontam os tribunais Supremo e de Contas, cujos presidentes são citados em escândalos de corrupção que mancham o seu bom nome, das instituições que dirigem e do país em geral, lamenta o maior partido na oposição numa nota enviada hoje a Redacção do Jornal Hora H.
NDOMBI ZADIMENGA
Segundo os maninhos, a UNITA vem, por isso, exprimir a sua enorme preocupação pelo facto de tal situação comprometer o funcionamento normal das duas instituições, pôr em causa os pilares do Estado democrático de direito e retrair o investimento externo, diz a missiva enviada ao Hora H.
O Grupo Parlamentar da UNITA solicita a Procuradoria-Geral da República (PGR), um esclarecimento público e urgente a respeito de alegadas investigações sobre as denúncias em volta do Juiz-Presidente do Tribunal Supremo, pois, trata-se de um assunto relevante de interesse público, salvaguardando, porém, o segredo de justiça e a presunção de inocência, diz a missiva.
De acordo com a fonte o Grupo Parlamentar da UNITA espera elevação do até agora Juiz-Presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo, colocando o seu cargo à disposição e colaborando com a Justiça para que se apure a verdade dos factos, pois, as notícias sobre suposta fuga do mesmo e a negação ao dever de colaboração com a instituição competente apenas retardam o esclarecimento da verdade material.
“A UNITA entende que os recentes pronunciamentos do Presidente da República, que não reconhece a crise institucional que o país vive, revelam o proteccionismo e a selectividade que têm marcado a actuação do Executivo e do Judicial no que ao combate à corrupção diz respeito e consolida a cultura de impunidade, favoritismo e compadrio”, acusa o Grupo Parlamentar.
O Grupo Parlamentar da UNITA defende que a resolução dos graves problemas do Poder Judicial e da crise de Justiça são reveladores do falhanço do Estado e exigem uma profunda reforma a ser liderada por novos actores políticos e novos operadores do sistema de justiça, afirma a missiva do maior partido na oposição enviada ao Jornal Hora H.