AGENDA PARA 2023: MPLA QUER ‘ANÁLISE APROFUNDADA DO DESEMPENHO’ DO PARTIDO
A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, apresentou este sábado, 11 de março, a agenda do partido para 2023, com dez eixos estratégicos, sublinhando a necessidade de fazer uma “análise profunda” do desempenho do partido nas eleições angolanas para adoptar medidas correctivas.
Luísa Damião falava no Cuíto, capital da província angolana do Bié, onde apresentou a agenda política do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa o país desde a independência em 1975.
A agenda política do MPLA para o corrente ano prevê promover uma governação de qualidade, com ênfase para o controlo da execução das despesas públicas, em prol do desenvolvimento e benefícios das populações, segundo a agência de notícias angolana ANGOP.
Para a concretização dos dez eixos estratégicos previstos, “será necessária a realização de uma análise profunda sobre o balanço feito ao desempenho do partido a nível das eleições gerais, extraindo as lições subjectivas que permitam encetar a adopção de medidas correctivas”, disse, citada pela Angop.
Segundo a dirigente, o MPLA propõe-se “lutar por uma Angola mais desenvolvida, democrática e inclusiva, tendo em vista a moralização da sociedade, o combate à corrupção e à impunidade”.
Outros objectivos são o reforço das relações de cooperação, concertação e solidariedade para com os partidos políticos com os quais detém laços históricos, aprofundar o espaço de diálogo, apostar em iniciativas de políticas públicas, que concorram para o contínuo fomento da empregabilidade, habitação, empreendedorismo, mobilidade urbana e rural, educação e saúde, entre outros.
O MPLA propõe-se igualmente “estimular e acompanhar a implementação de acções de carácter económico e social, de pequeno vulto, mas com impacto direito na melhoria da vida da população.
O MPLA venceu as eleições gerais de agosto de 2022, com 51,07% dos votos, o primeiro resultado de sempre, e foi derrotado na capital pelo seu principal adversário, a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola).