UNITA PEDE MULHERES A UNIREM-SE PARA MUDANÇA DO “QUADRO INSTITUCIONAL SOMBRIO” DO PAÍS
A UNITA, oposição angolana, considerou hoje que Angola vive um “quadro institucional sombrio”, fruto de “escândalos de corrupção e da insensibilidade” do sistema político que governa o país, exortando as mulheres à “unidade” para a mudança do referido quadro.
Numa declaração alusiva ao Dia Internacional de Mulher, que hoje se comemora, o secretariado executivo do Comité Permanente da Comissão Política da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido na oposição angolana) saúda e felicita todas as mulheres do mundo em particular as angolanas.
A UNITA enaltece também a luta desenvolvida pelas mulheres desde o 08 de Março de 1917, para ampliar o seu espaço de participação em estruturas sociais, políticas, económicas, militares e diplomáticas, assumindo importantes cargos de direcção.
O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA apela igualmente à unidade de todas as mulheres, “independentemente da sua condição social para a mudança do quadro institucional sombrio que Angola vive, fruto de escândalos de corrupção e da insensibilidade do sistema político que governa o nosso país” desde 1975.
“A UNITA solidariza-se com a luta das mulheres contra a violência aplicada no ambiente familiar, a todos os níveis da sociedade e das instituições, com reflexos graves na situação psicoemocional das crianças”, refere-se na declaração.
Na mensagem, o partido do galo negro exorta ainda as mulheres a “se unirem em torno dos ideais de liberdade para vencer os desafios da efectivação de uma sociedade mais igualitária, justa, prospera e desenvolvida”.
E a Liga da Mulher Angolana (LIMA), organização feminina da UNITA, refere na sua nota alusiva à efeméride, rende homenagem a todas as mulheres considerando que os avanços verificados no alcance do equilíbrio do género “são ainda tímidos” e encoraja todas as mulheres do mundo a continuarem a luta pela conquista dos seus direitos.
Em relação ao contexto social de Angola, a LIMA exorta o executivo angolano a “pôr fim à governação por demonstrações simbólicas, ao surto de crimes, que vão desde os praticados por marginais contra as mulheres aos decorrentes da má forma do exercício da autoridade que incidem sobre as vendedoras do mercado informal e as demolições”.