UNITA COMEMORA DIA DO PATRIOTA EM MEMÓRIA À JONAS SAVIMBI

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A UNITA comemora em todo o país, o dia 22 de Fevereiro, consagrado como o dia do Patriota, em memória ao Presidente Fundador, Dr. Jonas Malheiro Savimbi, tombado em combate nessa data, no ano de 2002, sob o Lema: Dr. Savimbi, uma vida por Angola e pelos Angolanos

FRANCISCO MWANA ÚTA

Segundo uma nota comunicativa a que o Jornal Hora H teve acesso, a consagração do dia 22 de Fevereiro como dia do Patriota, não é limitada aos membros da UNITA, mas engloba todos os patriotas, até aos anónimos, que por Angola bateram-se até á morte, doando suas próprias vidas para que o país se libertasse e nascesse um Estado Democrático de Direito verdadeiramente vocacionado à construção da vida, prosperidade e de felicidade do seu povo.

“Esta data constitui um momento de reflexão, inspiração e motivação para todos aqueles que ainda hoje e, para os tempos vindouros, engajam-se de consciência no esforço de construção de um país que há mais de quatro décadas de independência, não conhece os caminhos do progresso, da prosperidade e da felicidade; pelo contrário, soçobra dia após dia” lê-se na Nota.

A nota descreve Jonas Savimbi como o Participe de primeira linha da gesta da luta pela independência Nacional, e que agrega, no seu percurso, a liderança da luta do povo Angolano, na conquista do Estado democrático e de direito e economia de mercado.

“As suas reconhecidas e ímpares qualidades, das quais hoje destacamos, a invulgar capacidade de coordenação da acção político-militar, e desta com a administrativa e diplomática, conquistaram admiradores, indefectíveis seguidores e, infelizmente, também inimigos.

É por esta razão que o Dr. Savimbi foi vítima de uma das piores campanhas de diabolização, orquestrada pela máquina de propaganda do regime. A sua eliminação física foi um objectivo permanente dos seus inimigos, desde que ele fundou a União Nacional para Independência Total de Angola, UNITA, em 1966”

Depois de alguns anos de engajamento político, em 1964, no Cairo, diz a nota, rompe com a Direcção da FNLA por recusar a maneira como os dirigentes dos movimentos de libertação lideravam a luta a partir do exterior.

“Entre 1964 e 1965, desenvolve uma intensa actividade de mobilização de apoios diplomáticos e recrutamento de seguidores, partindo para a China onde treina com mais onze companheiros.

Já como líder, Dr. Savimbi concebeu a Angola plural, na dimensão humana, social e cultural, contrariando aqueles que se arrogavam em ver Angola como uma entidade monolítica. Jonas Savimbi cria, por isso, o projecto de sociedade em 1966, a 13 de Março em Muangai, Província do Moxico, no interior de Angola, a UNITA cujos princípios fundadores são: liberdade dos homens e da pátria;  democracia pluripartidária; igualdade dos Angolanos; intercâmbio, mutuamente vantajoso, com todos os países livres do mundo e agricultura como base do desenvolvimento económico.

Derrubado o colonialismo e ciente da nova conjuntura, foi o primeiro dirigente a assinar a cessação das hostilidades com as autoridades portuguesas, em Junho de 1974, o que lhe valeu uma impiedosa campanha de descrédito dos outros dois Movimentos.

Doutro lado, permitiu-lhe ser o primeiro Movimento de Libertação a actuar livremente em todo território nacional, divulgando assim o seu Ideário que granjeou, desde aquela data, muita adesão e simpatia de largos milhares de angolanos sem distinção.

Eram suas bandeiras: A PAZ; A HARMONIA RACIAL, E O PROGRESSO condensadas na tripla palavra de ordem: ANGOLA COM PAZ, ANGOLA COM UNIDADE, PROGRESSO COM SOCIALISMO. Empenhou-se na Unidade dos 3 movimentos de libertação, esforço que culminou na assinatura de acordos bilaterais entre os três e no acordo de Mombasa (Janeiro de 1975), como plataforma angolana para a negociação do Alvor. Posteriormente, o Acordo de Nakuru, em Junho de 1975, como última tentativa de salvar o Acordo do Alvor dentro do espírito que nele se contém.

O Dr. Savimbi foi um Nacionalista e fervoroso defensor da integridade territorial de Angola, nosso País; A luta pela Democracia que ele liderou, de 1976 a 1991, teve por epílogo a Consagração Constitucional do Estado Democrático de Direito e a Economia do Mercado, em 1992, com os Acordos de Bicesse, assinados em Lisboa, aos 31 de Maio de 1991, por JES e JMS. A Paz e a Democracia foram as suas bandeiras.

-Após as eleições de 1992, aceitou os resultados, apesar de terem existido milhares de provas de fraudulência.

-Recusou, por igual, a limpeza étnico-partidária e a decapitação de parte da Direcção da UNITA, resistindo e forçando uma longa negociação que teve por desenlace o Protocolo de Lusaka assinado em Novembro de 1994.

A sua luta não visava a sua acomodação pessoal, mas sim uma Angola dignificante, para todos.

Savimbi resiste até ao limite da sua existência carnal. Não capitula e não se esconde. Respondeu pela honra reservada a homens de excepcional quilate de dignidade. Enquanto Pessoa e Líder, Jonas Savimbi recusou, liminarmente, ser utente de uma conta bancária para si e seus familiares, embora tenha lidado com muitos e largos milhões e ter recebido conselhos, neste sentindo, provenientes até de Chefes de Estado. Um caso único nos tempos que correm. É, sim, um caso de estudo. Um exemplo.

Caiu heroicamente e como Mártir, no campo de Honra, aos 22 de Fevereiro de 2002. Sempre no fito de fazer avançar a História do seu País, resistiu até ao fim, não poupando a sua própria vida.

Relembrar a morte em combate do Dr. Jonas Malheiro Savimbi é refrescar a nossa memória colectiva sobre o seu contributo por Angola e pelos Angolanos, onde a dignificação do homem simples e a sua elevação a cidadão foi sempre a sua prioridade.

Para Jonas Savimbi, a Pátria Angolana esteve sempre em primeiro lugar e sem ela nada mais fazia sentido, tendo morrido por ela. 21 anos, após a sua morte constata-se com imensa preocupação o retroceder das conquistas alcançadas e os objectivos preconizados por Jonas Savimbi e por todos os patriotas, a paz, liberdade, democracia e desenvolvimento, sendo por isso imperiosa a unidade de todos os patriotas para alternância do poder, com o fito de se salvar o País amordaçado pela ditadura democrática.

Neste dia a ele dedicado, o Comité Permanente da Comissão Política da UNITA rende singela homenagem, ao Patriota, Líder, Panafricanista, Diplomata, Mwata da Paz, Combatente pela liberdade e Pai da Democracia em Angola, Dr. Jonas Malheiro Savimbi”.

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