NO ZAIRE: ERNESTO LENCASTRE ACUSADO DE BURLA E ABUSO DE PODER

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O Director do Gabinete de Comunicação Social do Governo Provincial do Zaire, Ernesto Lencastre, esta a ser acusado de burla e abuso de poder por alegadamente enganar os jornalistas vencedores nas categorias de melhores profissionais das terras de Unkulumbimbi, diz a missiva envida ao Jornal Hora H pelo activista Jerónimo Nsisa.

REDACÇÃO JORNAL HORA H

Segundo a denúncia pública, Ernesto Lencastre, terá desviado mais de cinco milhões de Kwanzas destinados a realização da gala.

“Esta atitude do senhor Ernesto Lencastre, constitui uma burla e abuso de poder, porque ele não podia se apoderar com os valores dos seus colegas que até ganham muito mal” disse Jerónimo Nsinsa.

A INTEGRA DA DENÚNCIA PÚBLICA DE JERÓNIMO NSISA

No mês de junho de 2022, Senhor Lencastre na função de director provincial da comunicação social do Zaire, realizou uma conferencia de imprensa ladeado do corpo de jurado nomeadamente a madre Teresa, ex-directora da Rádio eclésia, O Sr. Kwanguluka da Conceição ex-director da ANGOP e o Sr. Pedro Sildes ex-director da RNA-Zaire .   Na circunstância o mesmo garantiu publicamente a existência de condições técnicas e financeiras para realização da gala de prémiação dos jornalistas para o dia 8 de julho de 2022.

Para realização da gala já haviam sido encontrados os vencedores do concurso porquanto também anunciou o valor de premiação a atribuir-se aos vencedores nas categorias de TV, RADIO, IMPRENSA o montante de 500.000,00 (quinhentos mil Kwanzas e as menções honrosas no montante de 100.000,00 (cem mil Kwanzas) cada profissional. E depois da apreciação do corpo de jurado consagraram-se como vencedores do concurso os seguintes jornalistas: Eduardo Ngoy – TPA, Ngonga Francisco – RNA e Mayatoko – Jornal de Angola.

E para menções honrosas foram: Paulina Kangola – TPA, Eduardo Júnior – TPA, Diabanza Eduardo – RNA e mais dois profissionais da Radio Soyo.

A gala estava marcada para o dia 8 de julho de 2022, mas pelo fatídico passamento físico do ex-presidente da República de Angola o eng. José Eduardo dos Santos, suspenderam-se todas as actividades festivas no país, entretanto novamente a gala ficou adiada para o mês de agosto e depois para setembro, outubro e até a data presente nunca teve lugar. Após meses de espera, os jornalistas entenderam contactar o director Lencastre que alegava faltar recursos para a sua materialização e consternados com a situação questionaram ao mesmo, então se na conferência de imprensa havia afirmado a existência de financiamento do evento, onde estão os valores de que fazia referencia que estavam ao seu dispor?

A situação ficou insustentável ao ponto de existir troca de mimos entre os jornalistas vencedores ao concurso e o director Lencastre pela falta de informação e verdade sobre o constante adiamento da gala mesmo ter garantido que havia financiamento do governo no valor 3 .000.000,00 (três milhões de Kwanzas),  1.000.000,00 (um milhão de Kwanzas)  das edições 11 de novembro e 1.500.000,00 do  SEATG para o evento.

Tão logo tomei conhecimento do assunto, iniciei uma investigação e nalguns áudios de intervenção cívica, pré-anunciei que estava atrás do processo e o director Lencastre ao aperceber-se disso, então no dia 31 de Janeiro convocou os jornalistas vencedores e sem a presença do corpo de jurado tendo solicitado os IBANs para a transferência, entretanto sem abordar nada sobre a realização da gala de premiação.

Após a recolha das informações, produzi o áudio que constitui uma denuncia publica onde questionava sobre o destino dos valores, a não realização da gala e a solicitação clandestina dos IBANs dos jornalistas sem que para o efeito houvesse algum esclarecimento publico .

Para o espanto fui constituído arguido e notificado pelo ministério público juntos do SIC no Zaire por crime de calúnia e difamação ao director Lencastre mesmo com evidências claras de burla por defraudação e abuso de confiança, pois que na sua participação criminal que fez chegar ao SIC não desmentiu as questões constantes no áudio e as evidências do dolo são claras…

Ademais, na segunda-feira passada, dia 6 de fevereiro de 2023 houve uma reunião no governo do Zaire convocada pelo vice-governador para área social onde também participaram  os vencedores do concurso na categoria de TV, ANGOP, RÁDIO, Director Provincial da RNA, Jornal de Angola, TPA, vencedores das menções honrosas e o próprio Director Provincial da comunicação social do governo do Zaire envolvido no escândalo denunciado.

Ao longo da reunião, o vice-governador solicitava a solidariedade dos jornalistas ao director Lencastre, porquanto os presentes mostraram-se irredutíveis e indignados com o comportamento arrogante do mesmo tendo na circunstância a actual directora da RNA- ZAIRE Celeste Londa dito na presença de todos que o Director Lencastre a trata com indelicadeza, ou seja não a gosta, tem criado obstáculos para que nunca reúna com o governador e já fez vários pedidos a nacional para a sua  exoneração .

De igual modo, o Director Provincial TPA-Zaíre  Cândido Calombe, também afirmou que o Director não o trata com cordialidade profissional,  pois já produziu vários áudios e enviou-os para a nacional solicitando a sua exoneração.

Após um clima pesado, o  actual director do jornal do jornal de Angola   perguntou ao director Lencastre, no áudio consta a recepção de 1 milhão pelas edições 11 de Novembro e 1.500.000,00 da empresa SEATG  para o evento , isso constituí mentira ? O Director Lencastre constrangido afirmou que efectivamente havia recebido o montante.

O vice-governador assustado, diz então o activista Jerónimo Nsisa está bem informado porque   eu mesmo  não  tenho informações sobre estes valores e em seguida perguntou ao Director Lencastre, então se tudo quanto foi dito no áudio constituí verdade, qual é a calúnia ou difamação que faz referência na sua participação criminal?

Sustentando a questão, retorquiu, os prémios não foram entregues, recebeu os patrocínios e estava recentemente a pedir os IBANs aos jornalistas vencedores do concurso em clandestino, então qual é a calúnia ou difamação aqui? Qual?

A reunião terminou sem que se estabelece estratégia de solidariedade ou apoio dos jornalistas ao director Lencastre que os maltrata, exigia silêncio face ao provável descaminho dos valores do evento e prémios dos vencedores do concurso, mas com a pressão da intervenção do activista cívico Jerónimo Nsisa e dos jornalistas vencedores ao concurso, então ficou acordado que a gala de premiação será realizada aos 8 de março de 2023.

Portanto, o incidente actual ocorreu na transição do senhor governador Pedro Maquita para Adriano Mendes de Carvalho e já havia ocorrido também na transição do Governador Joanes André e Pedro Maquita podendo os vencedores das categorias acima ficado mais de cinco ( 5) anos sem receber os prémios, no entanto isso sempre acontece enquanto o senhor Lencastre  Director da comunicação social do Zaire e responsável ou organizador das galas do género a nível da província .

Portanto, o áudio da denúncia pública foi publicado no dia 1 de fevereiro de 2023 e o director Lencastre fez a recolha dos IBANs para a transferência no dia anterior, entretanto o faria em fórum privado, ou seja, nada mais se falou sobre a gala e sem a apresentação doutros valores arrecadados por meio dos patrocínios do evento.

Jerónimo Nsisa

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