HORAS EXTRAS CEM KWANZAS: EMPRESA CHINESA QUE PRODUZ SUMO “VIDA NOBRE” ACUSADA DE MALTRATAR TRABALHADORES
A China, além de ser o maior credor do país, também lidera a lista dos países que mais investimento têm em Angola, no entanto a Vida Nobre é uma empresa chinesa ‘plantado’ no solo angolano no sector de produção de sumo alimentar, localizado em Viana, distrito urbano do Zango 0.
A empresa em causa é acusada de maltratar funcionários angolanos, sendo que estes trabalham de segunda a segunda e são obrigados a cumprirem horas extras, que no final do mês não são contabilizados.
Os trabalhadores a cada mês têm apenas três dias de descansos, nomeadamente o dia 01, data que se faz o pagamento do salário (a mão), dia 11 e 21, de acordo a fonte do O FLAGRANTE o salário varia de 18 a 40 mil kwanzas, sendo que no regime de horas extra, uma hora chega a custar 100 kwanzas.
De acordo com a fonte, os trabalhadores entram as sete horas e por normal deviam largar as 17h, mas nesse horários são obrigados a fazerem horas extras até as 23 horas.
“Os despedimentos aqui são constantes, por mínimo erro, a chefia recorre a essa opção”, disse uma das fontes que preferiu anonimato sob pena de sofrer represálias. Avançou dizendo que um dia antes da nossa equipa de reportagem se fazer presente ao local, uma colega foi despedida por colocar sumo a mais na caixa durante empacotamento.
Trabalhadores provenientes do Sul do país
A empresa acolhe em rigeme de internamento muitos funcionários provenientes das províncias do Sul do país, no entanto, nos foi também avançado que as condições de acolhimento são péssimas e que para o jantar têm direito a uma metade de pão e um copo de sumo quente.
A empresa controla mais de 75 trabalhadores angolanos, a maioria provenientes do interior do país sem vínculo jurídico com a empresa, o que dá asa aos despedimentos arbitrários.
Na busca do contraditório, deslocamos até às instalações da fábrica no distrito urbano do Zango, fomos recebidos e impedidos de entrar pelos seguranças, por conta da ausência dos responsáveis da empresa, no caso dois chineses identificados por Avó e John.
Questionamos se nos pudessem fornecer os números telefónico dos responsáveis, esse por sua responderam não deterem os respectivos contactos.