FUNERAL DE “NAGRELHA” DEIXA 30 FERIDOS E UM MORTO

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Um jovem morreu e 33 pessoas ficaram feridas durante o funeral do músico angolano “Nagrelha”, incluindo 16 polícias, dois dos quais esfaqueados com gravidade, segundo um balanço da polícia de Luanda.

Em declarações à Lusa, o porta-voz do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, superintendente Nestor Goubel, adiantou que será um adolescente de 13 ou 14 anos, que morreu asfixiado durante o tumulto que teve lugar nas imediações do cemitério, tendo morrido a caminho do hospital.

O funeral do músico Gelson Caio Mendes, mais conhecido como “Nagrelha”, mobilizou milhares de pessoas que acorreram hoje de manhã ao cemitério da Santa Ana.

“Face à tentativa de invasão do cemitério, as forças policiais foram obrigadas a dispersar a multidão desordeira”, refere a polícia, num comunicado a que a Lusa teve acesso.

Durante a operação de reposição da ordem pública registou-se a morte de um menor ainda por identificar, e ferimento em 16 efetivos da polícia, dos quais dois com gravidade (esfaqueados), e 17 cidadãos.

Registaram-se também danos materiais, nomeadamente em quatro viaturas da polícia e cinco autocarros vandalizados, uma motorizada carbonizada e numa esquadra móvel, bem como o roubo de botijas de gás e grades de cerveja em quantidade não determinada.

“Foram detidos 18 cidadãos suspeitos de práticas indecorosas”, acrescentam as autoridades.

O comunicado refere que se previa “uma moldura humana considerável” face à legião de fãs do kudurista, bem como a notícias veiculadas nas redes sociais que davam conta de incitação a práticas de desordem social, roubos e arruaças, pelo que foi definido um conjunto de medidas “com vista a anular todas as ameaças”.

“No entanto, quando eram 09:00 registou-se um número elevado de pessoas na Avenida Deolinda Rodrigues, durante o cortejo fúnebre que pretendiam aceder ao cemitério do Santana, o que levou à intervenção policial que dispersou a multidão com recurso a gás lacrimogéneo.

Na debandada que se seguiu várias pessoas ficaram feridas ou desmaiaram, conforme imagens chegadas a Redacção do Hora H.

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