PGR DIZ QUE “TRÁFICO DE DROGAS E PARQUES DE VIATURAS FINANCIAM TERRORISMO”

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A procuradora-geral da República diz que o tráfico de drogas assim como a proliferação de parques de vendas de viaturas estão a financiar o terrorismo no país. Buchili afirma que Moçambique deixou de ser um caminho de tráfico de droga para ser destinatário.

Beatriz Buchili iniciou, está segunda-feira, uma visita de trabalho à procuradoria da Cidade de Maputo para acompanhar o nível de desempenho do sector, uma vez actividade similar aconteceu em 2019. Intervindo no local da visita, a procuradora disse estar preocupada com o crime organizado, sobretudo o tráfico de drogas. Aliás, Buchili diz que há fábricas de produção de substâncias psicotrópicas instaladas em diferentes pontos da capital do país. “Pode haver diminuição da criminalidade, mas, há um aumento significativo de crimes de impacto como o tráfico de drogas. E em relação ao tráfico e consumo de drogas dizer que Moçambique era um país de trânsito, mas nos últimos dois a três anos estamos a ser um país de consumo. E como sabemos, o tráfico de drogas é dos crimes que pode, ou melhor financia o terrorismo então temos que olhar para este caso de tráfico de drogas. Nas escolas vendem drogas, há consumo de drogas nas escolas”.

Aliado a isso, diz Buchili, está a proliferação de parques de venda de viaturas cujas transacções financeiras são feitas em numerário, o que dificulta o controlo pelas autoridades. “Nem sei a legalidade desses parques, porque são parques que fazem as transacções financeiras sem seguir o circuito bancário, paga-se em numerário. Isto é preocupante para um país que tem o desafio de prevenção e combate ao terrorismo e pode ser um mecanismos de financiamento ao terrorismo, temos que verificar o que se esta a passar”.

Os raptos são outra preocupação apresentada por Buchili. A procuradora questiona a movimentação de avultadas somas em dinheiro para pagamento de regastes.

“O dinheiro dos raptos também e branqueado para onde vai o dinheiro dos raptos? Como e que se consegue pagar o resgate em numerário o que e que esta a acontecer? Os resgates não são pagos com transacções bancárias, são pagos em numerário, onde e que fica esse todo dinheiro que paga os resgates? Então e preciso haver muito trabalho de vários actores incluindo a própria sociedade. Então eu quero perceber como e que nos estamos a trabalhar estes casos porque a Cidade de Maputo continuam a ser as Cidade que temos maior índice de casos de raptos”.

A visita da Procuradora vai durar quatro dias e no encontro desta segunda feira  a procuradoria da Cidade de Maputo, através da respectiva titular, Tássia Marisa Martins Simões deu a conhecer que de Janeiro a Outubro do ano em curso tramitou 8.014 processos criminais.

(Jornal O País)

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