MÁFIA DE TERRAS: CARLOS ALBERTO ACUSADO DE IMPOSTOR E DE USAR O SIC PARA USURPAR PROPRIEDADE ALHEIA

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O Empresário José Domingos Vieira detentor de um espaço  de cerca de dois hectares, localizado no município de Viana, zona do Kikuxi, acusa o cidadão de nome Carlos Alberto, de querer usurpar seu espaço e de sofrer ameaças de indivíduos supostamente pertencentes ao Serviço de Investigação Criminal (SIC), Luanda para abandonar o local, denunciou o proprietário ao Jornal Hora H

ANNA COSTA

Em causa está um património composto por um complexo residencial com mais de 13 suitis, oficina de pesados e ligeiros, armazém de peças,  lavandaria, estrutura de furo de água, estrutura de canalização da água da EPAL, uma estrutura de rede electrica, dois refeitórios para os trabalhadores, criação de animais e uma arborização criada pelo proprietário José Domingos Vieira.

O património foi edificado em parte do terreno de dois hectares e meio comprado em 2011 a uma camponesa de nome Maria dos Santos Cardoso conforme os comprovativos apresentados por José Vieira, tendo Carlos alberto, Cliente da oficina denominada CIFAGOL, no mesmo local, desejado um espaço no perímetro.

De acordo com José Vieira, as partes acordaram que Carlos Alberto, o suposto usurpador, ficaria com a metade do espaço, que pagou durante mais de dois anos e  que até o momento nada foi feito no terreno, o que levou José Vieira a passar a estacionar no local os seus camiões.

Tendo descoberto o uso do espaço sem a sua autorização, o então proprietário, Carlos Alberto, obrigou a José Vieira uma indemnização mensal de um milhão de kwanzas durante doze meses, valores que foram pagos segundo documentos apresentados pelo denunciante.

O que inquieta hoje o empresário que vendeu metade do espaço ao cliente de sua oficina, é o facto de que Carlos Alberto vem, desde 2017, a lutar para ficar com o espaço na totalidade, usando elementos supostamente ligados ao SIC do Município de Viana para ameaçar José Vieira.

“Em 2017 sofri quatro horas de tortura pelo SIC e fui seguido até a casa  por elementos que estavam no mesmo encontro de “tortura”, e vi-me mais uma vez ameaçado de prisão e convidado a abandonar o património à favor de Carlos Alberto” disse

José Vieira, disse ainda que “ Carlos Alberto, no mesmo ano acompanhado por pessoas identificadas como do SIC Luanda, obrigaram-me a assinar  documentos usando a agressividade e palavras ameaçadoras, eu como nunca fui preso, com medo, assinei tais documentos e os homens do SIC  assinaram os mesmos documentos como testemunhas” disse triste.

O Empresário, disse também ao Hora H que várias vezes denunciou aos órgão de justiça do país as práticas que vem sofrendo há mais de 3 anos, mas até agora o órgão mantem-se no silêncio.

Segundo a fonte, Carlos Alberto alega ter comprado por via de um escrito particular, o património a que ele chama de prédio rustico, no valor de 350 mil dólares, e assinou um contrato promessa de compra e venda transformando José Vieira em seu inclino e cliente para compra futura no valor de um milhão e trezentos mil dólares.

“Este é um património criado por mim com o meu próprio esforço, tenho aqui uma série de coisas, tenho trabalhadores, e isso está acabar comigo” lamentou.

O mesmo acusa a administração de Viana de facilitar o suposto usurpador, passando-lhe um título de superficie, sem vistoria ao espaço conforme exigido por lei, documento que segundo José Vieira não existe na administração de Viana.

O Jornal Hora H, contactou Carlos Alberto, por via telefónica, o acusado, informou que se encontrava fora do país e pediu que contactássemos o seu advogado que identificou-o de senhor Gica.

Assim sendo,  contactamos o advogado do acusado que, preferiu que nos encontrássemos no seu escritório localizado nas imediações da cidadela desportiva. Pospostos no local, a equipa do Jornal Hora H, ligou para o mesmo que disse que já não se encontrava no escritório porque saiu de emergência para acompanhar a sentença do caso Lussaty, e que depois voltaria a contactar, aguardamos até o fecho desta matéria e o mesmo manteou-se ao silencio.

Este Jornal, contactou também o Advogado de José Vieira, Pedro Kaparacata, que escusou-se de dar muitos detalhes sobre o processo, alegando que o mesmo, falar-se-á no momento certo, e considerou o caso de “conflito de natureza criminal”.

“O individuo que considera de prédio rústico, um espaço habitacional, como aquela estrutura, este indivíduo, claramente, deve ser submetido a exames psiquiátricos porque não é jurista, nem se quer uma pessoa que estudou,” disse.

O que está em causa para Carlos Alberto, disse o Advogado, é o património do outro com o qual ele quer ficar a custo zero, e o meio que Carlos entende usar para concretizar seus objectivos é o processo crime que no país usa-se muito como instrumento para as pessoas enriquecerem-se e infelizmente em Angola, existem sentenças encomendadas.

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