EM CACUACO: DIRECTORA MARGARIDA NETO SUSPENDE ESTUDANTES POR DAREM ENTREVISTA AO HORA H

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Duas das Estudantes pré-finalistas do Instituto de Formação de Técnicos de Saúde Ex-IMS na centralidade do Sequele, município de Cacuaco em Luanda, foram suspensas por 3 dias pela Directora da Escola Margarida Neto, por serem vistas a concederem entrevista ao Jornal Hora H sobre a falta de aulas práticas e outros problemas existentes naquela instituição de ensino pública

ANNA COSTA

Ao aperceber-se que alguns alunos estão a conceder entrevista ao Jornal Hora H, a Directora do IMS, dirigiu-se até o local da entrevista e ordenou as meninas a dirigirem-se as suas salas de aulas.

Após ter retirado as estudantes do local, o Jornal Hora H tentou uma conversa com a Directora Margarida Neto, mas a mesma, furiosa e arrogante, não queria ouvir e dizia apenas que os profissionais que exerciam o seu trabalho naquela escola, violaram o código da Instituição ao falarem com as alunas sem a autorização da Direcção.

Entre os problemas apresentados pelos estudantes está a falta de aulas práticas, laboratórios sem equipamentos, a contribuição que os alunos noutras vezes fizeram para terem as poucas práticas que tiveram nos anos já passado e a debilidade no passar de conteúdos de alguns professores que leccionam na mesma instituição.

Horas depois o Jornal Hora H ligou para as estudantes para saber o que terá acontecido depois de serem retiradas do local da entrevista, e as mesmas informaram que foram suspensas por três dias e que só devem aparecer na Instituição com os Encarregados de Educação.

Sabendo que os meninos estavam em provas, uma das encarregadas contactada pelo Hora H, disse que não permitiu que a sua educanda ficasse em casa, dirigiu-se até a Instituição para conversar com a Directora Margarida Neto.

Esta, por sua vez, negou ter suspendido as meninas, dizendo que mandou apenas chamar os encarregados.

Em entrevista cedida ao Jornal Hora H, a encarregada de Educação, Esperança Cachalo, fez saber que depois da conversa com a Directora, sua filha continuou com as aulas e provas sem nenhuma interferência. Reconheceu não haver condições na escola para técnicos de saúde e disse que a situação para ela tem sido preocupante.

“Sendo alunas da décima primeira classe, elas já tinham que ter aulas prática, até porque os materiais todos que eles precisam eu já comprei e dei a minha filha, mas eu sei que são coisas que a instituição já devia ter” disse a encarregada que teme que sua filha seja excluída do mercado de trabalho por falta de prática.

“Ela se terminar assim como é que vai conseguir fazer estágio… porque não é mais no local do estágio que lhe vão ensinar a fazer as coisas, isso aprende-se com práticas, na escola” completou.

De referir que antes mesmo deste Jornal continuar a entrevista com as duas últimas estudantes, que tanto pediram para falar, o Jornal Hora H solicitou a Direcção do Instituto Formação de Técnicos de Saúde uma entrevista, de modo a expor as situações apresentadas pelos estudantes, mas estes escusaram-se a falar alegando que compete a Repartição Municipal da Educação de Cacuaco responder pelo assunto.

O Hora H, deslocou-se a repartição Municipal da Educação de Cacuaco onde fomos informados que o Director não se encontrava na instituição.

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