CABINDA: AUTOMOBILISTAS DENUNCIAM CONTRABANDO DE COMBUSTÍVEL NAS BOMBAS
Luanda – Automobilistas denunciam Contrabando de combustível nas bombas de abastecimento da província. Alertam ao Jornal Hora H.
REDAÇÃO HORA H
Os proprietários de viaturas e motorizadas na província maior produtora de combustível no país, contam que “há postos de abastecimento que só estão a atender dois ou cinco carros, depois avisam que a gasolina já acabou”.
O motoqueiro Mani Quinho disse ao Jornal Hora H que os seus colegas agora são forçados a comprar o produto nos pequenos revendedores e preços altos “porque nas bombas já não estão a atender as motas. Estamos a sofrer, Hora H”, lamentou.
“É uma vergonha” classificou a situação o citadino Lutero dos Anjos que suspeita de se estar a criar uma rede de contrabando de combustível na província de Cabinda porque “nas bombas vemos a atender viaturas com 35 mil litros ou mais, e depois vêem avisar nos outros que acabou. Isso é muito estranho. As filas são longas. E passamos aqui a noite para conseguir ter sorte”.
Outro automobilista que se atira contra a escassez de combustível na província, é Morais Nelo proveniente do Zaire “onde a situação é a mesma. Aqui está haver contrabando de gasolina para os Congos. Esta é a única verdade”.
MARA QUIOSA CHAMADA A FICAR ATENTA
Diante da situação que leva a escassez de combustível na província de Cabinda, a população chama atenção a nova inclina no palácio do governo, Mara Quiosa, que “para com isso”, defendem.
POLÍCIA NACIONAL CRITICADA
Os automobilistas criticam o Comando Provincial da Polícia Nacional de Cabinda pela suposta falta de acção para travar o fenómeno de contrabando de combustível para as vizinhas República do Congo e República Democrática do Congo.
Os cidadãos que consideram a Polícia Nacional e o Serviço de Investigação Criminal “atrapalhada” diante da situação, aconselham que “o que devem fazer é fiscalizar os postos de abastecimento de combustível na província, porque são essas as únicas autorizadas a receber o produto dos camiões da Sonangol na província”.
BASE DE DADOS DA SONANGOL
De acordo com uma fonte da petroleira estatal Sonangol que atira a culpa a Polícia Nacional e ao Serviço de Investigação Criminal pelas dificuldades de acesso ao combustível pela população “semanalmente, três navios com capacidade para três milhões de litros de gasolina e gasóleo, de forma separada, asseguram a província”.
Ainda de acordo com os dados da nossa fonte “diariamente são postos a disposição dos consumidores pela Sonangol, nos tanques dos postos de abastecimento, cerca de 500 mil litros de gasolina, mas que, por falta de fiscalização, não chegam ao consumidor final que é o automobilista”, atirou.
POLÍCIA NACIONAL ATIRA-SE CONTRA O CIDADÃO
A nossa reportagem buscou saber do Comando Provincial da Polícia Nacional de Cabinda, sobre as medidas de controlo da circulação do combustível na província e fiscalização na gestão do produto nos postos de abastecimento pelo que não tivemos pronunciamentos, a pesar de “confirmar a existência de uma rede contrabando de combustível envolvendo cidadãos estrangeiros das vizinhas República Democrática do Congo e República do Congo com o auxílio de nacionais que buscam o lucro fácil”, apuramos.