LUTO NA INGLATERRA: MORREU A RAINHA ISABEL II

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Isabel II, a Rainha de Inglaterra, morreu esta quinta-feira, aos 96 anos. Foi a monarca com o reinado mais longo da História britânica e, a nível mundial, só ficou atrás do rei francês Luís XIV.

O Palácio de Buckingham tinha anunciado a meio da manhã que após “avaliação profunda”, a equipa médica da rainha se encontrava “preocupada” com a sua saúde, recomendando-lhe que permanecesse “sob supervisão médica”. O comunicado era parco em palavras, mas os quatro filhos da monarca e o neto William apressaram-se a chegar ao Castelo de Balmoral, na Escócia, onde a rainha passou o Verão, o que dava uma ideia da gravidade da situação.

Também o príncipe Harry, que já se encontrava no Reino Unido, cancelou a sua agenda para se dirigir a Balmoral. O primeiro canal da BBC tinha já decidido suspender toda a programação até às 18h e os pivôs das estações televisivas vestiram rapidamente roupas e gravatas negras.

 A preocupação com a saúde da rainha vinha aumentando nos últimos meses e os médicos aconselharam-na por várias vezes a repousar e a diminuir as suas funções oficiais. Ainda na quarta-feira passada, Isabel II adiou uma reunião online do Conselho Privado (órgão formal constituído por políticos seniores que aconselham a rainha nas suas tomadas de decisão). Um porta-voz do Palácio explicou que “depois de um dia cheio”, em que recebeu Boris Johnson e Liz Truss, Isabel II tinha decidido aceitar seguir o conselho dos médicos.

A rainha passava as suas férias no Castelo de Balmoral, e, esta semana, quebrou a tradição ao indigitar ali, e não no Palácio de Buckingham, a nova primeira-ministra, depois de ter sido aconselhada pelos médicos a não fazer a viagem até Londres.

Liz Truss encontrava-se no Parlamento a apresentar o seu plano para fazer face à escalada dos preços de energia quando um burburinho tomou conta da Câmara dos Comuns, onde a primeira-ministra recebeu uma nota manuscrita que os jornalistas especulam tratar-se de novidades sobre o estado de saúde da rainha. Também o líder trabalhista, Keir Starmer, recebeu um bilhete semelhante.

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