Luanda – O politólogo, Francisco Chatuvela, prevê implementação de um regime militar em Angola no segundo mandato de cinco anos de João Lourenço.

Em análise a política interna de Angola em período pós-eleitoral, o especialista em ciências políticas considera que “com o comportamento de João Lourenço em pôr as tropas nas ruas para intimidar a população sob pretexto de defender as instituições e objectivos estractégico-economicos do Estado, só denuncia o quanto não está seguro no seu próprio país, e que já não confia no seu povo”.

Para Francisco Chatuvela “os governantes devem entender que o povo são os seus melhores parceiros e não inimigos quando defendem a democracia e o cumprimento das leis, sem impedir manifestações que a constituição aprova desde que de forma ordeira e pacífica”.

“Com esse comportamento do partido que governa, também não tenho dúvidas que os próximos cinco anos, serão pesados e difícil para o povo Angolano. É preciso pensar em Angola e nos Angolanos. Quando existe muita contestação é porque o Poder não está a ser bem gerido. E o escrutinho não foi como se esperava por parte da organização que cuidou das eleições em Angola. E  conforme já dizia, nós temos que viver a verdadeira democracia e não uma monarquia com Ditadura, tirando voz ao povo” criticou o politólogo antes de concluir com uma interrogação a sua visão sobre a política interna em Angola nos próximos cinco anos de governo de João Lourenço que para si, “agora vai revelar a sua verdadeira identidade: homem de guerra, e não de diálogo para a paz e democracia “existem vários países em África com poucos recursos mas estão bem organizados e desenvolvidos. Porque não podemos chegar também nesse escalão?”