MPLA: “DE PARTIDO-ESTADO A PARTIDO-MILÍCIA”

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Uma semana depois de serem chamados a decidir pelo futuro político do país nas urnas, eis que logo no início da madrugada desta segunda-feira, 05, os angolanos foram apanhados de surpresa por um cenário de guerra, montado por homens e veículos militares fortemente armados posicionados a todo terreno em diversos pontos estratégicos dos centros urbanos e suburbanos do país, com Luanda no centro das atenções.

O objectivo é responder a altura os cidadãos que tentem qualquer forma de manifestação contra a decisão do Tribunal Constitucional (TC) que nos próximos dias poderá se pronunciar sobre a legalidade das reclamações da UNITA que não reconhece a victória do MPLA nas Eleições Gerais de 24 de Agosto último, e que exige da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) a anulação dos resultados definitivos e recontagem dos votos em comparação com as Actas Sínteses do seu Centro de Escrutínio Paralelo.

Se é por medo da decisão do Tribunal Constitucional ou de qual poderá ser a reacção dos militantes da UNITA e dos membros da Sociedade Civil que já demonstraram em pronunciamentos públicos não estarem de acordo com a alegada transparência no processo eleitoral conduzido pela CNE de “Maníco”que João Lourenço decide revelar aos angolanos e ao mundo o seu verdadeiro espírito “Homem de guerra”, o que se observa é que Lourenço decide mesmo transfigurar o MPLA, de “Partido Estado” para “Partido Milícia”, transferindo deste modo à Adalberto Costa Júnior as funções de garante da paz e estabilidade nacional em momento pós-eleitoral em Angola.

Por: Geraldo Letras

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