O corpo de José Eduardo dos Santos, que chegou ao país no dia 20 deste mês, proveniente de Barcelona, Reino de Espanha, repousa na Praça da República, num jazigo construído de raiz, completamente revestido de mármore e vidro.

A cerimónia de deposição da urna foi restrita aos familiares de José Eduardo dos Santos, ao Presidente da República, João Lourenço, à Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço, que assistiram ao funeral de Estado do princípio ao fim, aos órgãos de soberania, à Comissão Multissectorial, ao secretariado do Bureau Político do MPLA, aos membros do Conselho de Honra do MPLA e aos Chefes de Estado convidados.

Este momento foi marcado por 21 salvas de canhão, um ritual que remonta ao final da Idade Média, sobrevoo honorífico de aeronaves da Força Aérea Nacional, sobre o espaço aéreo da Praça da República, e manobras de embarcações da Marinha de Guerra Angolana, na Baía da Chicala.

Antes da retirada da urna, da tenda montada na Praça da República, para acolher a cerimónia fúnebre no jazigo, o Presidente da República depositou uma coroa de flores, tendo, de seguida, cumprimentado a família enlutada.

Este último gesto, foi replicado pelos Chefes de Estado e de Governo convidados para a cerimónia fúnebre. Apresentaram, igualmente, cumprimentos de pesar à família o Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, o Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, e várias entidades ligadas aos órgãos de soberania e ao Executivo.

O funeral de Estado do ex-Presidente da República contou com a presença de individualidades nacionais, muitas das quais, com passagem pelo Governo, ao tempo em que José Eduardo dos Santos era Presidente, e de uma presença considerável da população, que se deslocou ao local para o último adeus ao ex-estadista angolano.

Era notório, no rosto de muitos cidadãos, a tristeza provocada pela partida daquele que governou o país de 1979 a 2017. Muitos não conseguiram se conter, foram tomados conta pela emoção.