ELEIÇÕES: IRMÃOS DETIDOS POR SUPOSTO CRIME ELEITORAL

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Dois irmãos, um de 25 anos e outro de 27, foram detidos, na manhã de quarta-feira (24), pela Polícia Nacional, numa assembleia de voto, no Zango I, município de Viana, província de Luanda, depois de o mais novo ter, supostamente, tentado votar em nome do mais velho, que é testemunha de Jeová.

A suposta tentativa de cometimento de um crime eleitoral foi detectada pelo  presidente de uma das mesas de voto instaladas no colégio “Cantinho da Vani”, para onde se dirigiu o mais novo, a quem foi pedido que retirasse a máscara facial para ficar confirmada a sua identificação, depois de ter entregado bilhete de identidade.

Quando se apercebeu de que a pessoa que estava diante de si não correspondia ao nome nem à fotografia que está num dos cadernos eleitorais, o presidente da referida mesa de voto comunicou às forças da ordem e segurança públicas, que estavam na parte exterior do colégio “Cantinho da Vani”.

Confirmada a suposta tentativa de realização de um crime eleitoral, o jovem de 25 anos recebeu ordem de prisão e, na ocasião, confirmou que tentou se fazer passar pelo irmão por ter desistido de se deslocar a uma  assembleia de voto, na zona do Kikuxi, também no município de Viana, onde deveria exercer o seu direito de voto.

O jovem acabou por revelar que o irmão testemunha de Jeová estava à sua espera no exterior do colégio “Cantinho da Vani”, tendo de seguida atraído o mais velho para o interior do estabelecimento escolar, a pedido da Polícia, para ser, também, detido.

Sem saber de que o irmão já estava sob custódia policial, o mais velho entrou, sem ter desconfiado de nada, no colégio, onde acabou por ser, também, detido, sem ter imposto qualquer tipo de resistência.

Os dois irmãos foram encaminhados à esquadra policial do Zango 0, onde devem ser presentes, ainda hoje, ao Ministério Público, para a aplicação de uma das medidas de coação previstas no Código de Processo Penal.

Em todo o mundo, as testemunhas de Jeová não exercem o seu direito de voto, por se considerarem neutras em assuntos políticos, uma posição que defendem com o argumento de que está baseada na Bíblia.

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