ELEIÇÕES: FRONTEIRAS DO PAÍS ENCERRADAS NO DIA DA VOTAÇÃO

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O comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Arnaldo Manuel Carlos, anunciou o encerramento das fronteiras nacionais no dia da votação (amanhã), e estarão sob intenso patrulhamento até ao fecho das assembleias de voto, num processo a ser assegurado por mais de 80 mil efectivos.

O comandante fez esta afirmação, na Unidade Operativa de Luanda, durante o lançamento das Forças de Defesa e Segurança para as eleições marcadas para esta quarta-feira.

Clarificou que no dia da votação as Forças de Defesa e Segurança terão dupla missão: “como cidadãos, vão exercer o direito ao voto e, ao mesmo tempo, proteger as assembleias de voto e garantir segurança dos eleitores”, pedindo aos efectivos disciplina, coesão, respeito e organização, assim como preservação e manutenção dos equipamentos individuais e colectivos.

Afirmou que a força policial pode ser requisitada para intervir em qualquer acto dentro ou fora das assembleias de voto, por recomendação do presidente da mesa da assembleia, em caso de perturbação da ordem pública. Lembrou que os eleitores devem ter uma conduta cívica e ordeira, sendo proibida a presença nas assembleias de voto de indivíduos embriagados e os que já tenham votado. Depois do voto, os cidadãos devem voltar para a rotina normal, evitando permanecer na assembleia de voto, uma vez que os partidos políticos têm os representantes nas assembleias de voto para tratarem das questões referentes ao escrutínio.

Reafirmou que a Polícia está preparada para intervir em qualquer tentativa de subversão da ordem e tranquilidade públicas e apelou à população a evitar o envolvimento em actos susceptíveis de perturbar o funcionamento das assembleias de voto ou violar os pressupostos essenciais da ordem e segurança públicas. Arnaldo Manuel Carlos considerou que a situação de segurança pública no país é estável, tendo em conta o balanço do trabalho feito no âmbito do asseguramento das eleições.

Frisou que foi registada a diminuição nas estatísticas dos crimes que, geralmente, influenciam o sentimento de segurança das populações. Sublinhou que a pré-campanha e a campanha eleitoral decorreu de forma pacífica, cívica e ordeira, assistindo-se a uma “verdadeira festa da  democracia”. Realçou que, tendo em conta a complexidade do processo e a necessidade de garantir a execução plena do Plano de Asseguramento às Eleições, foi determinado o estado de prevenção a 100 por cento para todos os efectivos mobilizados para o efeito. 

Informou que amanhã as forças de segurança estarão colocadas a 100 metros das mesas das assembleias de voto, em estado de prontidão e vigilância redobrada, para evitar qualquer acto que coloque em causa o funcionamento das assembleias de voto ou segurança dos eleitores.


Mobilizados mais de 80 mil efectivos

O Ministério do Interior mobilizou um total de 80.182 efectivos para o asseguramento das quintas Eleições Gerais, marcadas para amanhã.

As Forças de Defesa e Segurança, pertencentes à Polícia Nacional, Serviço Penitenciário, Serviço de Migração e Estrangeiro, Serviço de Bombeiros e Serviço de Investigação Criminal, estão preparadas, para  garantir segurança em todas as mesas de voto, assim como prevenir  perturbações durante o ambiente eleitoral.

O director de Segurança Pública e Operações da Polícia Nacional, comissário Orlando Bernardo, explicou, ontem, durante uma conferência de imprensa, na Unidade Operativa de Luanda, que deste número 35.930 efectivos estão destinados à protecção física da Comissão Nacional Eleitoral, das comissões provinciais eleitorais e das assembleias de voto.

Orlando Bernardo frisou que, no período da campanha eleitoral, as Forças de Defesa e Segurança realizaram 717 escoltas de viaturas da Comissão Nacional Eleitoral, das quais 285 interprovinciais e 482 intermunicipais com transporte da logística do processo eleitoral.

As Forças de Defesa e Segurança asseguraram 758 actos políticos de massa, promovidos pelos partidos políticos e coligações de partidos concorrentes às eleições, durante a campanha, momento em que foram mobilizados entre 10 e 250 mil participantes. Referiu que não foram produzidos  quaisquer incidentes, devido à concertação prévia entre os partidos e as Forças de Defesa e Segurança.

O também porta-voz do Posto de Asseguramento das Eleições frisou que na campanha eleitoral  foram registadas 12 infracções eleitorais, consubstanciadas na retirada de bandeiras de todos os partidos políticos, o que levou à detenção de 30 indivíduos responsabilizados criminalmente em várias províncias.

Foram, igualmente, recuperadas 22 bandeiras de vários partidos políticos, três computadores, dois tablets, e uma micro-impressora furtados por marginais num dos centros da Comissão Nacional Eleitoral. Informou que as 100 micro-operações, realizadas na campanha eleitoral, permitiram a detenção de 472 pessoas envolvidas, assim como foram apreendidas 45 armas de fogo, 27 viaturas e 24 motorizadas. 

Orlando Bernardo exortou os efectivos a manterem-se firmes nesta fase do processo que visa preservar a ordem e a tranquilidade públicas, com o objectivo de garantir a estabilidade eleitoral, observando os princípios básicos da autuação policial, sem se deixar influenciar por movimentos externos.

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