ELEIÇÕES: ANGOLA OBSERVA HOJE DIA DE REFLEXÃO

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O país observa hoje o dia de reflexão, dedicado ao eleitor, em obediência à Lei Orgânica das Eleições Gerais, mas, também, à moral, à ética e à política. É um momento ímpar, porque único, em que o eleitor sobre existe a todo um desfile que norteou o período político, sublime, porque o eleitor aprecia a grande oferta do mercado eleitoral, caindo numa espécie de déjà-vu, revivendo o processo todo, para se posicionar firme na certeza da opção feita a tempo, mantendo inalterável a escolha absoluta: Angola próspera.

Angola próspera, na verdade, é a escolha, e não outra. O eleitor, quando opta por uma mensagem, um conteúdo ou qualquer promessa eleitoral, está a tomar apenas o caminho que achar mais certo para consolidar a escolha real, pois, a Angola próspera. É o momento do eleitor, é nessa altura em que decide que país quer e, não menos importante, a quem confia a missão de consolidar a escolha absoluta: Angola próspera.

O dia de reflexão é grandioso, incomparável a qualquer outro dia da história universal dos povos, precisamente por ser observado uma única vez antes do período da governação. É o dia em que o eleitor desenha o processo de administração à sua maneira e na sua cabeça. Aqui reside outro valor do dia de reflexão, isto é, não se deve partilhar absolutamente com ninguém o “seu momento de avaliação”, tudo se deve manter fechado na sua mente, daí a expressão “voto consciente”.

Aprecie tudo, reveja, desmonte o processo todo, as promessas, os apelos, enfim, o eleitor tem o dia todo para si, de forma exclusiva, para fazer o que quiser, como quiser, com a condição individual de tudo acontecer na sua cabeça. Portanto, conta apenas o processo mental da gestão da informação.

O dia de reflexão tem efeitos psicológicos extraordinários que condicionam o momento a uma dimensão incomensurável. Pois o eleitor posiciona-se em cima de uma linha que divide o futuro e o passado, a partir de um presente que precisa de ajuda para determinar a caminhada.

E ao olhar para o passado, o eleitor percebe que é um povo rico, porque tem a sua frente todos os momentos da história universal, que nessa altura são determinantes para manter a escolha absoluta: Angola próspera. O eleitor sabe o que é a guerra, tem consciência dos seus estragos, justamente pela experiência “longa” de ter vivido num país em guerra; sabe o que é a estabilidade, por ter vivido num país em paz; sabe o que é democracia, precisamente por ter convivido na diferença de opções políticas, animada pela sabedoria da democracia ocidental.

O eleitor, hoje, deve olhar para o presente e ter a certeza, afinal, de que a única escolha inteligente é Angola próspera. E os anseios provindos de um tom amargo, às vezes a sabor agridoce, apesar de tentador, pode ser traiçoeiro. Por mais forte que sopre o vento, não se deixe embalar, sem ver o lado para que o vento leva. Resista, sê paciente, procure por tudo quanto lhe possa ajudar a seguir o caminho certo. Porque num dia como o de hoje, de reflexão obrigatória, é imperdoável tomar decisões precipitadas, animadas pela euforia da jornada anterior. É esperado que num dia como o de hoje, em função do conjunto de ofertas, o eleitor saiba apreciar o quadro político-eleitoral. Recomenda a lição tirada do passado que a boa escolha baseia-se no questionamento do argumentário da exposição das promessas eleitorais. Dito de uma maneira mais directa, o eleitor deve rever as mensagens, as ideias políticas e as promessas. Este exercício obriga a reprovação de tudo que apela ao desconcerto da nação, razão pela qual é preciso separar o trigo do joio.

O pensamento tem que dar lugar à projecção de um ambiente saudável, onde seja possível a sã convivência. Pense em como o seu povo é alegre, nos momentos de glória vividos em companhia de familiares e amigos… também de colegas e daquela malta que cruza o caminho e oferece um bom momento de prosa. Pensa na melhor forma não só de preservar mas de aumentar tudo isso. Este ambiente também é vivido durante as campanhas eleitorais, por isso as eleições são consideradas uma festa, na verdade, a grande festa da democracia. E a uma festa se vai para se divertir, sobretudo para celebração.

Então a melhor forma de se celebrar a Democracia é fazer uma escolha para o futuro, e, com certeza, esta escolha é: Angola próspera. Mais do que se escolher, é fundamental determinar que nada é mais importante que a “minha estabilidade, paz política e social”. A minha escolha em função de A, não deve provocar a anulação de outrem, porque preferiu o B. Não é esta a consciência de nação que eu tenho. Apelar à opção por tudo que atente a isso, não salutar.

O eleitor deve olhar para tudo isso. O dia de reflexão é para voltar a olhar, dentro do possível, para as promessas das forças políticas concorrentes às Eleições Gerais. É bom ver o que MPLA, UNITA, CASA-CE, FNLA, PRS, PHA, APN e P-NJANGO garantiram ao país e aos angolanos, em caso de vitória no pleito de amanhã.

Fonte: JÁ

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