VERIFICA AS PROVAS: MINISTROS EUGÉNIO LABORINHO E RICARDO ABREU TÊM NACIONALIDADE PORTUGUESA
A descoberta segundo a qual o ministro do interior de Angola, Eugénio Cesar Laborinho, detém cidadania portuguesa, está a gerar desconforto em meios restritos do MPLA, que manifestam receios de que o assunto possa ser aproveito por opositores políticos para expor contradições no regime, neste período de campanha eleitoral, marcadas por discursos de ataques de cariz xenófobos.
DIRIGENTES ANGOLANOS COM DUPLA NACIONALIDADE
Eugénio Cesar Laborinho, requereu a nacionalidade portuguesa aos 29 de Setembro de 2009, quando exercia as funções de vice-ministro do Ministério do Interior para o Serviço Penitenciário.
Dados em posse do Club-K, indicam que depois de cumprir todos os requisitos legais, a conservatória dos registros centrais de Lisboa, o assento de nascimento (No 79135) que certifica Eugénio Cesar Laborinho como cidadão português. Dois meses depois, de se tornar português, este governante angolano averbou a esposa Maria de Fatima Romeu Moura Laborinho, com quem se casou catolicamente aos 25 de Outubro de 1975, no sagrado coração de Jesus, em Malanje.
Para além Eugénio Cesar Laborinho, o Club-K identificou outros membros do governo de João Lourenço que detém nacionalidade portuguesa, como é o caso do ministro dos transportes Ricardo Daniel Sandão Queirós Viegas de Abreu, conforme atesta o seu assento de nascimento no 12678, emitido aos 22 de Julho de 2014, pela Conservatória do registro Civil Viana de Castelo. Ricardo Abreu obteve a cidadania portuguesa por via de um bisavô materno, Diogo Filipe Sandão, natural da freguesia de São Pedro.
Apesar de o MPLA, ter inaugurado no país, duras criticas contra dirigentes da oposição portadores de outras nacionalidades para além da angolana, as leis nacionais não proíbem cidadãos com dupla cidadania. Os Presidentes da República e os líderes de partidos são por leis proibidos de serem portadores de outras nacionalidades. Adalberto Costa Júnior, o Presidente da UNITA, chegou a ser alvo de um ataque violento do BP do MPLA, antes de renunciar a cidadania portuguesa.