ELEIÇÕES2022: JÁ COMEÇOU A CAMPANHA ELEITORAL PARA 24 DE AGOSTO
Luanda – A campanha para as eleições gerais de 24 de Agosto abre, oficialmente, este domingo, 24 de Julho, com a participação de oito forças concorrentes, das quais apenas quatro estiveram em todos os sufrágios.
Com duração de 30 dias, a campanha contará com sete partidos políticos e uma coligação de partidos, que vão disputar o voto de 14 milhões e 399 mil eleitores, dos quais 22 mil 560 residem no exterior.
Trata-se, especificamente, do MPLA, partido no poder, da UNITA, da FNLA, da Aliança Patriótica Nacional (APN), do Partido de Renovação Social (PRS), do Partido Humanista de Angola (PHA), do Partido Nacionalista da Justiça em Angola (P-NJANGO) e da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE).
Para além de Angola, a campanha eleitoral e o consequente sufrágio decorrerão na África do Sul (Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburgo), na Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu), na República Democrática do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi), na República do Congo (Brazzaville, Dolisie e Ponta Negra) e na Zâmbia (Lusaka, Mongu, Solwezi).
Fora de África, o processo decorrerá no Brasil (Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo), na Alemanha (Berlim), na Bélgica (Bruxelas), em França (Paris), no Reino Unido (Londres), em Portugal (Lisboa, Porto) e nos Países Baixos (Roterdão).
Para além dos actos políticos de massa, os concorrentes às eleições gerais vão dispor de tempo de antena na Televisão Pública de Angola (TPA) e na Rádio Nacional de Angola (RNA), para apresentar os programas de Governo e os manifestos eleitorais.
Curiosidades
Entre os contendores, a FNLA, fundada em 1954, é o partido mais antigo, enquanto o PHA e o P-NJANGO, legalizados este ano pelo Tribunal Constitucional, são os mais novos.
Ainda em termos de curiosidade, o MPLA, a UNITA, a FNLA e o PRS são os únicos recordistas, tendo participado dos quatro pleitos realizados (1992, 2008, 2012 e 2017).
Entre os oito, o MPLA é o único que já exerceu poder político, por conta das vitórias eleitorais conseguidas em todas as eleições anteriores.
Em relação aos candidatos a Presidente da República, o cabeça-de-lista da APN, Quintino Moreira, 48 anos, é o mais jovem entre os concorrentes, enquanto João Lourenço, líder do MPLA, é o mais velho, com 68.
A média de idade dos candidatos às eleições gerais de 2022 é de 58 anos.
Quintino Moreira é, igualmente, o que mais concorreu ao cargo de Presidente da República, indo já na sua terceira disputa, depois de o ter feito nas eleições gerais de 2012 e 2017.
Segue-se, nesse quesito, o candidato do MPLA a Presidente da República, João Lourenço, que se estreou nas eleições gerais de 2017. O político busca a sua reeleição.
Os outros seis, designadamente Adalberto Costa Júnior (UNITA), Manuel Fernandes (CASA-CE), Benedito Daniel (PRS), Nimi a Simbi (FNLA), Bela Malaquias (PHA) e Dinho Chinguinji (P – NJANGO) entram na corrida pela primeira vez.
Entre os concorrentes, apenas João Lourenço esteve na posição de Presidente da República, fruto da vitória obtida pelo MPLA, partido do qual é cabeça-de-lista, nas eleições gerais de 2017.
A única mulher na corrida é a líder do PHA, Florbela Malaquias, a segunda a disputar o cargo em toda a história das eleições em Angola, depois da então presidente do Partido Liberal Democrático (PLD), Anália de Vitória Pereira, em 1992.
Histórico das eleições
Angola realiza, a 24 de Agosto deste ano, as quintas eleições gerais, que ficarão marcadas pela participação dos cidadãos angolanos residentes na diáspora.
Trata-se da primeira vez que os angolanos no exterior tomarão parte deste processo de consolidação e aprofundamento da democracia, iniciado em Setembro de 1992.
O sufrágio anterior foi disputado a 23 de Agosto de 2017 por seis forças políticas, com a participação de 76,57 por cento dos pelo menos 9,3 milhões de eleitores inscritos.
O MPLA venceu por maioria absoluta, com 61 por cento dos votos, à frente da UNITA (26,67%) e da CASA-CE (9,44%).