A POLÍTICA ECONÓMICA DE ANGOLA

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O estado angolano passou por muitas transformações políticas e económicas desde a sua independência datada em 11 de Novembro de 1975. A guerra fria caracterizada pelo confronto ideológico entre dois blocos dividiram o mundo em dois sistemas económicos, nomeadamente o capitalismo e o socialismo. Tão logo a sua independência, Angola declarou-se um estado socialista adotando uma economia centralizada.

Com as alterações políticas e económicas na arena internacional e visando adaptar-se as novas realidades, satisfazer as necessidades colectivas de forma regular e contínua e garantir a prosperidade económica, houve uma necessidade de transição de uma economia centralmente planejada para economia de mercado. Neste aspecto, as instituições Internacionais tiveram um grande papel, sobretudo as instituição de Breton woods com as suas séries de recomendações de políticas económicas visando implementar programas que promovessem ajustamento na economia angolana.

Com o advento da paz em 4 de Abril de 2002, já com uma economia de mercado e sistema capitalista, Angola está virada para o desenvolvimento económico e social lançando programas que visam a redução da pobreza, de investimento directo e indirecto estrangeiro, de incentivo ao desenvolvimento etc…

Pesquisas mostram que do ano 2003 a 2008, angola foi um dos países que mais cresceu no mundo, sendo o segundo maior produtor de petróleo de África com crescimento anual de 10% e uma estabilização da taxa de inflação tornando-se num país muito atractivo para o investimento estrangeiro.

É digno de nota que, o crescimento económico de Angola registados entre 2003 a 2008 deve-se essencialmente a produção e comercialização do petróleo no mercado internacional, tendo contribuído com mais de 80 % do PIB nacional. Razão pela qual, quando o preço do barril de petróleo cai em 2008 e 2009 causando uma crise internacional, a economia angolana é duramente afectada impactando negativamente na qualidade de vida da população.

Actualmente nota-se um ligeiro esforço por parte do Estado angolano visando revitalizar e diversificar a economia angolana, no entanto, o amento ou a redução do PIB angolano ainda é impulsionado pelos preços das exportações de petróleo no mercado internacional e pelos aumentos das produções petrolíferas internamente.

As receitas não petrolíferas têm recuperado aos passos lentos, ainda regista-se uma baixa taxa de investimento externo devido ao longo período caracterizado pela corrupção e nepotismo. 

É necessário continuar a se criar políticas públicas efetivas e com resultados visíveis para diversificar a economia. Para isso, deve se melhorar a gestão económica interna para se transformar a riqueza natural abundante no território nacional num capital produtivo, combater-se a corrupção, ao nepotismo e a impunidade e lançar as verdadeiras bases para a diversificação da economia.

Artigo de opinião

José Dias Nsakala: Especialista em R.I

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