EMPRESA GAMEK ACUSADA DE ESBULHO DE TERRAS EM CACUACO
O Gabinete de Aproveitamento do Médio Kwanza (GAMEK) está ser acusado pelo cidadão Pedro Cunha, residente em Luanda, de apropriar-se de um terreno que pertenceu ao seu falecido pai que em vida chamou-se João Zeca, situado no município de Cacuaco, zona do Belo Monte, onde foi instalada uma estação de produção de electricidade
PEDRO VICENTE
Pedro Cunha, o filho, diz que estar ser vítima de injustiça na medida em que a empresa em causa não contactou o dono do espaço para negociar em relação à compensação daquilo que é sua pertença.
“Todos os camponeses que lá estavam foram indemnizados, menos o meu falecido pai.” Disse.
Questionado sobre a causa da exclusão do malogrado, o filho explica que na altura, em quando começa o processo de cadastramento, em 2006, o estado de saúde do seu progenitor merecia cuidados especiais pelo que não conseguia deslocar-se do centro da cidade onde residia para sua lavra.
Entretanto, segundo conta, em 2019, o pai acaba por falecer vitima de doença e só em 2020 vitima, explica Pedro, deslocou-se ao Gamek, situado na cidade Luanda, para pedir esclarecimento em relação ao património do seu falecido pai.
Mas, acrescenta o denunciante que a direcção da referida empresa não prestou um esclarecimento credível.
Em busca do contraditório, o Jornal Hora H esteve nas instalações do GAMEK, com o director adjunto, David Carlos e o responsável dos serviços de engenharia Agostinho Gaspar, que informaram-nos que durante o processo de cadastramentos dos proprietários das terras nunca tiveram contacto nem informação sobre a existência do defunto. Ou seja, segundo alegam, “João Zeca supostamente não era possuidor de terreno naquele recinto.”
“Cadastramos todos que tinham terreno ali e indemnizamos, mas esse senhor João Zeca nunca ouvimos falar durante esse processo até a construção da central eléctrica que durou cerca de três anos.” Finaliza.