MARCOLINO MOCO DIZ QUE JLO APROVEITOU OPORTUNIDADE DE ACABAR COM O PAÍS
Luanda – O antigo primeiro-ministro angolano, Marcolino Moco, fez esta segunda-feira, 27 de Junho, uma breve análise sobre o actual contexto político que o país vive, numa altura em que se aproximam as eleições Gerais deste ano.
Segundo as declarações de Marcolino Moco, também militante do MPLA, o presidente candidato, João Lourenço, fez-se passar, mais uma vez, ao lado da soberana oportunidade de acabar com um país que nunca irá funcionar por causa de exclusão.
Moco estranha que, 20 anos depois da paz e reconciliação, o presidente João Lourenço tenha vindo à público falar da tentativa de derrubar o “glorioso” MPLA, recorrendo ao apoio dos “piores inimigos de África”.
“A pensar na minha Angola de tão pouca sorte”, lamenta Moco.
Com este mote, do nosso actual chefe de Estado, questiona Marcolino Moco, alguém admirar-se-á se do outro lado se ouvir a cantilena dos que “não mudam da via de antigos soviéticos e cubanos”?
Entende, por outra que será este o tom das discussões de uma campanha eleitoral, num país que tem um só problema fundamental, mas muito grave: o “outro é o patinho feio”.
“Bem sustentado por programas “inteligentes”, como o do Doutor David Mendes, na TV Zimbo, e de um tal Pakisi da TPA. Para quando o fim da estupidificaçao dos angolanos? E assim se recuperam os valores éticos e morais. Meu Deus!”, inquiriu Moco.
JLo diz que MPLA tem especial atenção à região Leste e defende correcção de assimetrias do colono
O Presidente do MPLA, João Lourenço, em missão de trabalho desde sexta-feira, anunciou em comício no passado sábado, 25 de Junho, na Lunda-Sul, a construção, para breve, de um parque de energia solar em Saurimo.
As declarações do Líder do MPLA, foram feitas durante o acto político de massas, por si presidido, adiantando que, com esta iniciativa o governo pretende alcançar a produção de energia limpa e a redução da energia à base de combustíveis fósseis.
Nestes termos, João Lourenço anunciou o início das obras de electrificação de oito comunas daquela província, nos municípios de Cacolo, Muconda, Chiluange, Cassai Sul, Muriege, Cazage, Alto Chicapa e de Mona Quimbonfo, com o principal objectivo de criar oito mil ligações domiciliares nos referidos municípios, tendo como fonte a energia solar.
Oportunamente, João Lourenço defendeu a contínua correcção das assimetrias regionais, deixadas pelo colonialismo português na zona Leste do país.
Entretanto, afirmou que o Executivo suportado pelo MPLA tem olhado com atenção para esta região, que dispõe de um hospital e uma maternidade bem equipados, além de outras infra-estruturas de saúde criadas no âmbito do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
Assim, o líder do MPLA, prometeu dar maior atenção à formação do homem, para se potenciar o desenvolvimento local com a criação de várias infra-estruturas no domínio da educação, ao mesmo tempo que considerou insuficientes as infra-estruturas de nível primário e secundário em todo o país, e pediu atenção especial ao Ensino Superior.
Para dar sustentabilidade à sua promessa, garantiu que o Executivo investe, por esta altura, na construção de um pólo universitário na Lunda-Sul, cuja primeira pedra foi lançada há dias; apontando o prazo de um ano para materializar o projecto.
“É uma questão de tempo. Vamos voltar aqui para inaugurar e colocar ao serviço do desenvolvimento”, rematou.