Luanda – Centenas de candidatos que concorreram ao concurso público em Luanda, realizado pela PGR em Janeiro deste ano entraram em estado de choque ao verificarem, que mesmo estando aptos, não foram admitidos a fazer parte dos quadros da instituição. 

Pedro Vicente

Este situação provocou, entre os candidatos nestas condições, um certo alvoroço sendo que muitos ao consultarem as listas de apuramento, tão logo viram os seus nomes como aptos viram os sonhos realizados de ingressaram na função pública.

Mas, de acordo depoimentos, este sonho não tardou a se tornar em pesadelo ao aperceber-se que, aptidão não necessariamente resulta em admitido.

Ou seja, segundo consta, os critérios de selecção vão desde admitido, aptos e não aptos tendo em conta a nota adquirida na prova de exame.

De acordo a uma nota de esclarecimento da Procuradoria-Geral da República, os candidatos que obtiveram uma nota negativa (inferiores a 10 valores) são considerados não aptos.

Ao passo que, os candidatos que tiveram uma nota positiva (10 a 20 valores) são considerados aptos.

Porém, os admitidos são àqueles que tiveram as notas positivas mais altas e seleccionados em função do número de vagas em cada órgão, tendo sido dada preferência entre os que tiveram a mesma nota, os que têm menos idade, nos termos da lei.

“Assim, temos candidatos não aptos, candidatos aptos e Candidatos admitidos.” Lê-se no boletim de esclarecimento.

Importa realçar, que as listas apresentadas são provisórias e que as listas definitivas serão publicadas após a fase de reclamações, tal como refere a nota.

Entretanto, os concorrentes na situação de aptos, não estando convencidos com as declarações de esclarecimento da PGR, sentem-se Injustiçado, uma vez, alegam, “os aptos nunca estão reprovados.”

Diniz Gonga, concorrente, em entrevista ao Jornal Hora H diz não estar satisfeito com os resultados e acusa a PGR de ter cometido fraude na sequência dos apuramentos dos candidatos.

“Estamos insatisfeitos com os resultados, somos candidatos aptos mas não fomos admitidos, a PGR admitiu pessoas que estão fora da idade limite, vimos pessoas de 46 anos e até 50 anos de idade a serem admitidos.” Disse.

A questão que os supostos lesados colocam: “como é possível alguém estar apto e não ser enquadrado?”

Desta feita, tendo em conta um impacto do embate emocional, organizaram-se em número no sentido de protestarem publicamente contra esta instituição que visa sobretudo velar pelos direitos humanos. A manifestação realizasse-a no dia 2 de Julho pelas 10horas defronte a Procuradoria-Geral da República.