EX-KIMBANDEIRO FALA SOBRE O PACTO COM O MUNDO OCULTO

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Luanda – Nos últimos dias tem ocorrido em Luanda situações completamente horrorosas em relação as pessoas que supostamente fazem pacto com demónio e em sacrifício chegam ao ponto de matar até os seus próprios filhos, o jornal Hora H troce à ribalta o depoimento de um ex-kimbandeiro no sentido se compreender o que está por detrás de todo esse mistério.

PEDRO VICENTE

O país ficou chocado quando, em menos 15 dias, dois actos bárbaros que envolvem duas cidadãs que decidiram tirar a vida de seus próprios filhos por razões que até, os especialistas em psicanálise têm dificuldade em dar um esclarecimento convincente

Mas afinal, o que se está por deras de tudo isso? A nossa equipa, foi a fundo do posso para dar a entender a origem desses actos incomum que de alguma forma provoca um certo clima de terror no seio das famílias.

Nazeré Dyavelo, de 73 anos, é um ex-kimbandeiro e hoje convertido ao cristianismo, explica as motivações que levam os kimbandeiros a pedirem sacrifícios humanos naqueles que procuram os seus serviços.

Diz o mais velho que, a partir do momento que decides assumir um compromisso oculto para satisfazer ou realizar um sonho ou desejo, o kimbandeiro entra em conexão com o seu espiritual, este, porém, orienta o que deve dar em troca.

Ou seja, segundo disse, nem sempre o pedido de sacrifício depende do Kimbandeiro.

“Se é entregar pessoas da família ou animal, ou então mesmo dinheiro, não é o Kimbandeiro que manda, é o espírito que o kimbandeiro chama que orienta pedir aquilo ou isso.” Disse

Entretanto, Nazeré acrescenta que, depois do pacto firmado ao longo do seu percurso profissional, a pessoa vai se deparar como coisa horrorosa é por esta razão, diz, que lhe é exigido uma oferenda difícil.

“Quando você faz pacto com demónio, significa que ao longo da tua vida você vai ver coisas já vistas no mundo normal, é por isso que te pedem para matar um membro da tua família mais próxima para entender que de facto estás preparado apara tudo.” Explica.

O ancião referiu que muitas pessoas chegam a estes casas por indicação de outrem que já passaram por esta experiência, mas dificilmente conta os segredos de todo processo que aí se exige.

“Pois, os que trazem os outros não contam a verdade, contam apenas os benefícios e não prejuízos, quando assusta já está mergulhado num beco sem saída, por quando você pede uma coisa já não tem volta, ali é assim.” Admite.

Questionado se na altura quando praticava estes actos quantas pessoas já mandou matar, Dyavelo, recusou-se a responder alegando que já não faz a mínima ideia daquilo que fazia antes. “Essa pergunta não, aliás, já não me lembro de nada daquilo que eu praticava desde que me converti.” Disse.

Por outro, o actual convertido, apelou ao Máximo distanciamento possível desses lugares porque, “o melhor pacto é com Deus.” Finalizou.   

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