O Movimento Popular de Libertação de Angola-MPLA, partido que governa o país desde a independência, está a saber interpretar o tempo, e, por esta razão, não dá mais tempo para cumprir os procedimentos legais exigidos pelo Tribunal Constitucional e, em todos os pontos, o MPLA está a dar primeiro.

ISIDRO KANGANDJO

O partido MPLA foi o primeiro a lançar a pré-Campanha na província do Cunene, no dia 05 de Março. De lá para cá, os camaradas já não querem parar na junção de massas nas províncias por onde o seu líder e a sua vice passaram.

Apesar de haver um descontentamento da oposição, semanas depois, os críticos decidiram imitar as pedaladas dos camaradas que, hoje, contam com cinco províncias e, este sábado, está confirmada a presença de JLO na província do Moxico.

O MPLA tornou público, há duas semanas, a lista de deputados dos ciclos provinciais e nacional, mas os partidos políticos na oposição e coligação de partidos políticos até então não tornaram público a lista de candidatos a deputados à Assembleia Nacional mesmo faltando agora 16 dias para entrega de candidaturas.

Ontem, o MPLA apresentou junto do Tribunal Constitucional o primeiro processo de Candidaturas para as Eleições Gerais, tornando-se assim na primeira formação política a dar entrada de toda documentação que vai lhe habilitar a participar do acto eleitoral previsto para o dia 24 de Agosto.

“Nós cumprimos com o que manda a lei, até ultrapassamos, trouxemos um número superior do que a lei prevê e isto denota, de uma forma clara e vidente, que o nosso partido é organizado, trabalha sempre na antecipação”, disse a segunda pessoa de autoridade no MPLA, Luísa Damião.

OPOSIÇÃO TEME TORNAR PÚBLICO A LISTA DE DEPUTADOS

Para o partido UNITA, a lista de deputados será repartido em quatro, Bloco Democrático, PRA-JÁ Servir Angola, Membros da Sociedade civil e quadros tradicionais do Galo Negro.

A maior preocupação da UNITA é escolher quem dos jovens da sociedade civil poderá ser beneficiado com esta função e o lugar dos demais activistas. UNITA encontra dois problemas entre escolher e não escolher.

Para a CASA-CE, a luta é encontrada na distribuição de deputados aos partidos coligados, os independentes e membros da sociedade civil e qualquer irregularidade pode levar a Convergência em divergência.