CABINDA – TRIBUNAL ADIA JULGAMENTO DOS PRESOS POLTÍCOS DETIDOS HÁ 9 MESES
Os dois actvistas políticos, António Tuma e Alexandre Dunge da província de Cabinda, ora detidos nas suas próprias residências desde Outubro de 2021 sem mandados de captura e cujo julgamento marcado para o último dia 2 do mês em curso, o Tribunal de Comarca daquela província surpreendentemente decidiu adiar a sessão sem justificar aos advogados e familiares
ANA MENDES
De acordo com nota enviada a redacção do Jornal Hora H, pelo Movimento Independentista de Cabinda (MIC), os membros do movimento supracitado, a família bem como a sociedade em geral, foram surpreendidos com o adiamento, uma vez que data do julgamento já era do domínio geral.
Esta organização civil entende que o adiamento faz parte de uma estratégia psicológica por forma a cansarem os seguidores dos activistas.
“Infelizmente o adiamento não surpreendeu o MIC porque esta atitude faz parte estratégia psicológica do regime para cansar as pessoas.” Lê-se na nota.
A nota acrescenta ainda que, “é intenção do tribunal que o julgamento passe despercebido, mas, será impossível porque o caso já está midiatizado por se tratar de um acto de pura injustiça.”
Segundo consta, a amestrada juíza ausentou no dia marcado para julgamento e o Tribunal demarcou-se de prestar alguma informação, sobretudo aos familiares em relação ao adiamento.
“Não se entende como é que uma juíza que tem um julgamento marcado há mais de um mês e de repente se ausenta no dia da audiência!”
Em conclusão, os integrantes do MIC pensam que o regime sente alguma alergia da imprensa, sobretudo a privada.
“Já não é segredo para ninguém que esse regime tem medo da imprensa, acreditamos que este é o principal factor que está na base do adiamento.” Consta no documento.
Rumores há em torno do cabindenses que o julgamento será marcado de noite para o dia por formas a passar despercebido tanto para imprensa como para comunidade internacional.
“Exigimos a libertação imediata dos presos políticos em Cabinda.” Apelam. “A sabedoria dos Cabindas ensina que podemos comer ginguba debaixo do rio, mas a casca virá sempre à cima. ˮ