RIXA EM SANZA POMBO: MILITANTE DOS CAMARADAS “NGUAMI MAKA” SUJA O NOME DO MPLA NO UÍGE  

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Há provas de um vídeo que circula nas redes sociais onde o empresário Nguame Maka e que também é dirigente do MPLA incita os seus companheiros a matarem militantes da UNITA naquele sábado, em Sanza Pombo, província do Uíge, num confronto entre militantes dos dois partidos que resultou em várias pessoas feridas e uma vítima mortal

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Desde então, a polícia prendeu dezenas de militantes e simpatizantes da UNITA em diversas operações.

O advogado Ernesto Soares diz que a polícia tem de ouvir também os representantes do MPLA. “Eu quero deixar claro uma coisa, mais do que as palavras temos aqui vídeos com a voz de um dos líderes da JMPLA ou do MPLA, na sua actividade, com um discurso de persuasão, um discurso aos seus militantes que incitava à rebelião, pronunciando as seguintes palavras: “avancem, matem, matem”. 

“Está mais do que evidente, são discursos que incitam o ódio, a violência e a desordem, são passivos de responsabilização”, afirmou aquele advogado, para quem “há que chamar à responsabilidade as duas partes”, disse.

Por seu turno, o também advogado Pedro Soares disse que não existem quaisquer provas materiais contra os detidos para que estes possam ser levados a tribunal.

“Na verdade ninguém foi encontrado no local do delito a cometer o crime que vem a ser levantado no processo, não há qualquer indivíduo que foi detido e encontrado a cometer o alegado delito não, então todos podem ser soltos”, disse.

Por outro lado, acrescenta, as estações de informação pública tendem a manipular a opinião pública inclinando toda responsabilidade a UNITA como sendo o promotor da rebelião que se verificou naquela região a norte do país. 

Há alegações avulsas apontando que o partido no poder cria isso propositadamente no sentido de fragilizar o seu maior opositor uma vez que se aproximam as eleições.

Não faz muito tempo em Luanda, nas reivindicações da última greve dos taxistas, a situação eufórica dos jovens transbordou, resultando na vandalização do comité do MPLA naquela zona e a queima do um autocarro do Ministério da Saúde.

Segundo populares, toda àquela acção teve como protagonista oculto o MPLA com o propósito de culpabilizar a UNITA, confundido assim a pacata população. 

Verdade ou não, o certo é que as informações vinculadas por alguns órgãos estatais não oferecem credibilidade relativamente à forma como tratam as partes envolvidas, tanto no primeiro caso quanto no último acontecimento em Sanza Pombo.

Em gesto de conclusão, o advogado descreveu que existem várias irregularidades no processo e considera as detenções como ilegais. 

O Jornal Hora H, contactou o empresário Nguame Maka, o mesmo alegou que iria contactar o seu advogado antes de o fazer, mas de seguida desligou o seu telefone.

De salientar os militantes da UNITA presos no fatídico dia encontram se até a data dos factos presos numa das cadeias daquela província.

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